Miguel Oliveira, o pastor adolescente que ganhou notoriedade nacional após se envolver em polêmicas em abril deste ano, voltou a pregar e a manter presença ativa nas redes sociais. Em abril, o Conselho Tutelar de São Paulo havia determinado seu afastamento dos púlpitos e das plataformas digitais por tempo indeterminado, com o objetivo de proteger seu desenvolvimento físico e emocional. No entanto, Miguel reapareceu em eventos religiosos e retomou a rotina online.
Há quatro dias, ele compartilhou no Instagram que participaria de um culto em Osasco, São Paulo. Dois dias depois, publicou um vídeo chegando em uma igreja e, até esta sexta-feira (27/06), segue alimentando seu perfil com vídeos e mensagens. A movimentação contraria o que havia sido definido pelas autoridades em abril, o que reacendeu o debate sobre a exposição de crianças no ambiente religioso e digital.
Influência digital e apoio do público gospel
Ainda nesta semana, uma página voltada ao público evangélico divulgou que Miguel Oliveira é atualmente a figura mais influente do meio gospel, com mais de 1,4 milhão de seguidores nas redes sociais. Com mensagens voltadas ao público cristão, Miguel construiu um público fiel e engajado, que acompanha seus vídeos e cultos desde muito cedo.
A decisão do Conselho Tutelar, no entanto, previa não apenas o afastamento dos palcos, mas também a retirada das redes sociais, justamente por considerar que o grau de exposição poderia afetar o bem-estar do garoto. Mesmo com a determinação em vigor, Miguel retomou suas atividades públicas sem restrições visíveis ao público.
Autoridades ainda não esclareceram situação
A equipe do Portal LeoDias procurou o Conselho Tutelar e o Ministério Público de São Paulo para esclarecer se houve alguma revogação da medida ou se a nova atividade de Miguel representa um descumprimento. Até o fechamento da matéria, nenhum dos órgãos respondeu aos contatos da reportagem.
Enquanto isso, Miguel Oliveira continua atuando como missionário mirim, frequentando cultos, pregando em igrejas e atualizando seu público nas redes sociais. O caso levanta novamente a discussão sobre os limites entre liberdade religiosa e os direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente.
