Cuiabá, 17 de Maio de 2025
  
DÓLAR: R$ 5,67
Cuiabá, 17 de Maio de 2025
  
DÓLAR: R$ 5,67
Logomarca
facebook instagram twitter whatsapp

Esporte Terça-feira, 10 de Dezembro de 2024, 11:03 - A | A

Terça-feira, 10 de Dezembro de 2024, 11h:03 - A | A

Graças ao crescimento das SAFs e das casas de apostas

SAFs e patrocínio de Bets podem transformar futebol brasileiro na próxima “Premier League”

Por The Economist

Jornal O Estado de São Paulo

Por The Economist

Graças ao crescimento das SAFs e das casas de apostas, o futebol brasileiro está inundado com dinheiro. Os clubes estão ficando mais competitivos, fazendo do Brasil o mercado mais excitante para os investidores do “beautiful game”.

“Nós temos tudo no Brasil para nos tornarmos algo como a Premier League”, afirma Daniel Vorcaro, presidente do Banco Master, coproprietário do Atlético-MG. “Nós temos a paixão, o talento, a base de fãs e o potencial para crescimento”. Quatro dos chamados 12 grandes clubes do Brasil se tornaram SAF em 2021. Mais casos são esperados conforme histórias de sucesso são empilhadas. Em 2021, Ronaldo Fenômeno comprou o Cruzeiro, que possuía dívidas de escorrer lágrimas dos olhos e havia acabado de cair para a segunda divisão, por US$ 70 milhões. Ele vendeu o clube em abril, por US$ 100 milhões, depois de trazê-lo de volta para a primeira divisão.

O futebol brasileiro também colheu ganhos financeiros das apostas esportivas, que foram legalizadas em 2018. O Banco Central estima que brasileiros gastaram mais de R$ 20 bilhões por mês neste ano em apostas via PIX.

Apesar da euforia em torno das SAFs elas não podem resolver todos os problemas. Em 2022, o grupo americano de investimentos 777 Partners comprou o Vasco. Declarou falência em outubro e está sendo investigado nos Estados Unidos por fraude. “SAFs não são uma varinha mágica, você precisa de boa gestão”, afirma José Francisco Manssur, coautor da lei da SAF.

Outros pensam que há mais para explicar o domínio brasileiro além das SAFs e o dinheiro das apostas. Irlan Simões, do Observatório Social do Futebol da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), observa que Colômbia e Chile adotaram modelos parecidos ao da SAF antes do Brasil, mas seus times continuaram medianos. A grande população do país significa um mercado maior para a venda de ingressos, merchandise e direitos de transmissão. Em 2016, a Conmebol decidiu pela participação de mais times na fase de classificação da Libertadores, o que beneficiou o Brasil.

MAIS DINHEIRO, MENOS PROBLEMAS

De qualquer forma, o dinheiro ajuda. “O modelo de associação não é adequado ao processo”, afirma Mansur, porque hoje os clubes têm milhões de torcedores e precisam de dinheiro para comprar os melhores jogadores. Ele avalia que as SAFs pode se tornar um modelo para outros países da América do Sul.  

Um país que poderia se beneficiar da injeção de capital no futebol é a Argentina. O país produz um número desproporcional de jogadores de nível mundial, mas seus times nacionais têm sido um desastre. Depois da final da Libertadores, o presidente da Argentina, Javier Milei, publicou na rede social X (antigo Twitter): “Vamos conversar sobre SAFs?”. A associação de futebol do país tem resistido ferozmente a essses esforços. Talvez a vergonha de assistir aos times brasileiros dominando em seu próprio território mude isso.

 

Comente esta notícia

Canais de atendimento

Informações e Comercial
contato@agendamt.com.br
Telefones de Contato
+55 (65) 992024521
Endereço
Rua Professora Enildes Silva Ferreira, 8 QD 3 sala B - CPA III, Cuiabá/MT 78000-000
Expediente
Jornalista: Adalberto Ferreira
MTE 1.128/MT