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Polícia Quarta-feira, 17 de Dezembro de 2025, 09:11 - A | A

Quarta-feira, 17 de Dezembro de 2025, 09h:11 - A | A

Operação em Barra do Garças prende sete por fraudes milionárias em licitações públicas

Esquema apresenta indícios de superfaturamento, direcionamento de certames, uso de empresas de fachada, associação criminosa e corrupção, envolvendo empresários, funcionários de empresas e servidores públicos, segundo a Polícia Civil.

DA REDAÇÃO

Sete pessoas foram presas preventivamente na manhã desta terça-feira (16) durante a Operação Cenário Montado Gyn, suspeitas de integrar um esquema de fraudes em licitações públicas na Prefeitura de Barra do Garças, a 509 km de Cuiabá.

 

Os investigados foram identificados como:

 

Adenir Pinto da Silva - Chefe do esquema

Lucimar Teixeira da Silva - Articulador operacional e documental

Rodrigo Mendes Moreira - Coordenação e fiscalização de serviços subcontratados

Luciana Costa da Silva - Servidora da Secretaria Municipal de Turismo de Barra do Garças

Tayara Félix Alves Cardoso - Fachada empresarial

Paulo Henrique de Freitas Pinto - Representante legal de empresa apontada como fachada

Elcio Mendes da Silva - Servidor no Gabinete do Prefeito de Barra do Garças

 

Segundo a Polícia Civil, o esquema apresenta indícios de superfaturamento, direcionamento de certames, uso de empresas de fachada, associação criminosa e corrupção, envolvendo empresários, funcionários de empresas e servidores públicos.

 

Durante a operação, também foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão, além de quebras de sigilo bancário, telefônico e telemático. A Justiça determinou ainda a suspensão das atividades econômicas de duas empresas e o sequestro de valores superiores a R$ 4,2 milhões.

 

As ordens judiciais foram expedidas pela 2ª Vara Criminal de Barra do Garças e estão sendo cumpridas no município, além das cidades goianas de Aparecida de Goiânia e Aragoiânia.

 

Em nota, a Prefeitura de Barra do Garças informou que a gestão municipal está adotando as medidas cabíveis, tanto em relação à empresa quanto a eventuais servidores que possam ter ligação com os atos investigados, assegurando o devido processo legal e o direito à ampla defesa.

 

Investigação

As investigações são conduzidas pela 1ª Delegacia de Polícia de Barra do Garças e tiveram início em janeiro de 2025. Inicialmente, o objetivo era apurar um esquema de fraudes em licitações no município de Pontal do Araguaia, após informações levantadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

 

Segundo a polícia, o esquema operava por meio de empresas do setor de produção de eventos e shows, utilizadas para fraudar processos licitatórios que resultaram na criação de Atas de Registro de Preços.

 

Essas atas eram usadas de forma reiterada por diversos municípios, por meio de adesões conhecidas como “caronas”, com valores elevados e indícios de direcionamento e simulação de concorrência.

 

Apenas nos três pregões investigados em Pontal do Araguaia, os valores globais chegaram a aproximadamente R$ 25,8 milhões. Conforme a legislação, as adesões poderiam alcançar, em tese, até R$ 51,7 milhões, considerando o limite máximo de 200%.

 

Ainda conforme a polícia, ficou constatado que o mesmo padrão fraudulento teria sido replicado em outros municípios da região, por meio de adesões a atas originadas em Pontal do Araguaia.

 

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