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Política Sábado, 19 de Julho de 2025, 18:29 - A | A

Sábado, 19 de Julho de 2025, 18h:29 - A | A

Audiência debate Portão do Inferno e chapadenses denunciam que falta de solução é um drama para a cidade

Na Audiência Pública, em Chapada dos Guimarães, obras do Portão do Inferno foi o principal tema debatido por autoridades, sociedade civil e técnicos

Da Redação

Atendendo solicitação do deputado Wilson Santos (PSD) a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) realizou audiência pública na Câmara Municipal de Chapada dos Guimarães, na última quinta-feira (17/7), para discutir, entre outros pontos, a situação da Rodovia MT-251, no trecho conhecido como Portão do Inferno, e a gestão do Parque Estadual da Quineira.

Na audiência pública, os presentes reiteraram os problemas causados pelas restrições no tráfego da MT-251, que dá acesso entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães no trecho do Portão do Inferno.

O geólogo e professor da UFMT Caiubi Kuhn lembrou que os estudos feitos pela universidade já haviam alertado para a inviabilidade do projeto inicial de retaludamento – que previa corte do morro – obra iniciada e depois suspensa, após o governo reconhecer que a obra seria inviável.

O deputado Wilson Santos (PSD) comentou que o governo está estudando alternativas, para definir uma solução sobre o projeto do túnel ou viaduto nas próximas semanas. Noutras palavras, após o erro grotesco quando optou pelo retaludamento, o governo repetiu a mesma imprecisão ao anunciar a obra do túnel, demonstrando incompetência, devido as decisões sem consistência técnica. Tanto que a opção pela construção do túnel ainda se encontra em estudo juntamente com a obra do viaduto, para que seja escolhida a melhor opção.

Para o geólogo Caiubi Kuhn, qualquer obra realizada no local deve, necessariamente, resolver o risco de queda de blocos rochosos. Ele defende que o viaduto seria a opção mais segura, porém não houve explicações sobre a escolha do túnel.

Foto: Sinfra-MT/Reprodução

Há mais de dois anos as restrições ao tráfego pelo trecho Portão do Inferno penaliza Chapada dos Guimarães

Há mais de dois anos as restrições ao tráfego pelo trecho Portão do Inferno penaliza Chapada dos Guimarães

Além dos riscos à segurança, o impasse no Portão do Inferno gerou sérios prejuízos econômicos para Chapada dos Guimarães. O transporte de mercadorias passou a ser feito por rotas alternativas mais longas, aumentando o custo de vida na cidade e dificultando o turismo.

A moradora Ilsa Pereira relatou as dificuldades enfrentadas no dia a dia. "O chapadense está pagando um preço altíssimo. Antes, um taxista ganhava até cinco mil por mês com turistas. Hoje, não chega a um salário mínimo porque ninguém quer vir para a Chapada. O café custa 40 reais porque o transporte é mais caro. E quem precisa ir para Cuiabá para fazer tratamento médico? Paga do bolso, porque o carro da saúde não dá conta", desabafou.

O produtor de hortaliças e frutas Marcos Antônio Sguarezi também relatou dificuldades no escoamento da produção. Hoje temos que rodar mais de 200 quilômetros para levar nossos produtos para Cuiabá. Muitos pequenos produtores desistiram porque ficou inviável competir com caminhões pesados na descida da Serra de São Vicente. É risco de acidente, perda de mercadoria e custo elevado", lamentou.

O prefeito de Chapada, Osmar Froner, falou do impacto econômico da situação. "Pequenas empresas fecharam, principalmente no início, quando houve o fechamento total da via em pleno período chuvoso. Sem alternativa de escoamento rápido, os prejuízos se multiplicaram, tanto para o comércio quanto para o turismo", destacou.

O presidente da Câmara de Chapada, José Otávio (PL), reforçou a preocupação com o aumento do custo de vida. "Os produtos ficaram mais caros porque o transporte é mais longo e mais caro. A logística ficou inviável para pequenos comerciantes e produtores", disse.

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