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Política Sábado, 20 de Dezembro de 2025, 10:54 - A | A

Sábado, 20 de Dezembro de 2025, 10h:54 - A | A

Ibama apura mortes de elefantes em santuário em Mato Grosso

Quantidade de óbitos ocorridos chamam atenção e são objeto de apuração.

DA REDAÇÃO

O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) afirmou nesta sexta-feira (19/12) que apura as mortes de animais no Santuário de Elefantes Brasil (SEB), em Mato Grosso. O local recebe elefantes que passaram décadas em cativeiro. De 2019 a 2025, quatro paquidermes que viviam no santuário faleceram menos de um ano após a transferência ao local.

O caso mais recente é o da elefanta Kenya, que morreu na última terça (16/12), cinco meses após ser transferida de um zoológico argentino. "A princípio, não é possível afirmar que esses animais que vieram a óbito sejam (ou não) vítimas recentes de maus-tratos ou de manejo inadequado. Todavia, a quantidade de óbitos ocorridos não passaram despercebidos pela instituição e são objeto de apuração", declarou o órgão ambiental, em nota.

"O Ibama continuará acompanhando esse caso, efetuando as apurações pertinentes." Após a publicação da reportagem, o santuário disse que, como os demais empreendimentos de fauna silvestre, é obrigado a reportar todos os óbitos que ocorrem na instituição e entregar os laudos de necropsia. "O Ibama não é alheio às condições do SEB, e vistorias são realizadas periodicamente", seja por parte do órgão federal ou de autoridades estaduais, afirmou.

"Portanto, o SEB e Ibama estão alinhados." O órgão ambiental destaca que a maioria dos animais foi direcionada ao santuário para ter melhor qualidade de vida e manejo adequado, e que muitos são provenientes de circos ou de outros países: "Sabe-se que boa parte desses elefantes são idosos, apresentam comorbidades e possuem histórico delicado." A elefanta-africana Kenya foi trazida do Ecoparque de Mendonza, na Argentina, onde havia vivido durante cerca de 40 anos, com uma série de problemas de saúde, segundo documentação do santuário. Pupy, outra perda recente, havia chegado ao santuário em abril, , vinda do Ecoparque de Buenos Aires. A elefanta morreu em outubro, com cerca de 35 anos.

 Pocha havia sido transferida em maio de 2022 e faleceu em outubro daquele ano, com aproximadamente 57 anos de idade. Já Ramba morreu em dezembro de 2019, dois meses após ser levada ao santuário, com idade estimada entre 60 e 65 anos.

Por outro lado, a elefanta Guida viveu quase três anos no santuário: foi transferida em outubro de 2016 e faleceu em junho de 2019, aos 44 anos. Lady permaneceu ainda mais tempo: chegou em 2019 e morreu em 2024, aos 52 anos. Cinco fêmeas da espécie asiática vivem atualmente no local: Maia, Rana, Mara, Bambi e Guillermina.

O Ibama afirmou que já fiscalizou o estabelecimento e disse ter identificado que o cativeiro possui área muito superior ao determinado a zoológicos, bem como estruturas adequadas e cercas fortes para manter os animais restritos aos limites. "Nessa avaliação, também foi constatada a presença de técnicos habilitados, biólogos e veterinários trabalhando no local." Segundo o órgão, o termo "santuário" é geralmente atrelado a categorias para uso e manejo da fauna silvestre em cativeiro, como mantenedouro de fauna ou criadouro científico, submetidos a uma instrução normativa de 2015.

Conforme o Ibama, a palavra não existe na legislação ambiental brasileira e "trata-se de um nome fantasia, assim como o nome 'bioparque' que se relaciona a zoológicos". No caso do estabelecimento em questão, "trata-se de um criadouro científico de fauna e o termo santuário, informalmente, se refere ao local onde os animais não estariam submetidos a exploração comercial", segundo o órgão. A Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso, responsável por licenciar as atividades do local, não respondeu à reportagem.

O santuário afirmou que Kenya já chegou ao local com comprometimentos importantes e que nenhum esforço seria capaz de reverter décadas de danos adquiridos ao longo do tempo que passou na Argentina.

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