Tem se observado que gradativamente o governador Mauro Mendes (União Brasil) vem tirando o pé do acelerador na caminhada pela sua eleição do projeto ao Senado, seguido de informações de bastidores que ele pretende desistir da disputa em 2026. O fato do governador não desmentir as especulações fortalece a perspectiva de que a opção pela renúncia à disputa não se trata mais de uma hipótese, contudo uma decisão já tomada, sobre a qual o governador apenas aguarda momento oportuno para anunciar.
Sob outro ângulo, as especulações na imprensa acerca da desistência seria desmentir as informações de bastidor e reafirmar a disposição de manter o projeto ao Senado.
A última publicação foi veiculada no Blog do Lúcio Sorge, a respeito de uma conversa entre o governador Mauro Mendes e o vice Otaviano Pivetta (Republicanos). Segundo divulgou o blog, “Pivetta teria perguntado se Mendes deixaria o governo em março para ele assumir e oficializar sua candidatura ao governo. Mauro disse que se a decisão fosse hoje, ele ficaria para concluir o mandato, mas que apoiaria a candidatura de Pivetta”. Por questões óbvias, a dúvida causada gerou especulações e apreensão na base política do governo.
OBSTÁCULOS
Até a pouco tempo predominava um clima vitorioso em torno do projeto eleitoral ao Senado e Governo do Estado, liderado pelo governador. No entanto, o tempo jogou luz sobre vulnerabilidades do governo, apontando evidências comprometedoras, que debilitam o favoritismo do grupo do Palácio Paiaguás na disputa.
Obras importantes não acabadas, e que nem por milagre têm condições de serem concluídas na atual gestão: hospitais regionais, BRT em Cuiabá e Várzea Grande, Paredão do Portão do Inferno. Os inúmeros escândalos envolvendo o filho Luiz Antônio Taveira Mendes e a esposa Virgínia Mendes, emergiram diante dos olhos da opinião pública, aflorando vulnerabilidades que colocam em risco o projeto eleitoral de Mauro Mendes ao Senado, causas reais da desistência. Vulnerabilidades já registradas na derrota do deputado Eduardo Botelho (União Brasil) na disputa eleitoral pela Prefeitura de Cuiabá, que sequer conseguiu chegar ao segundo turno, mesmo com o empenho de Mauro Mendes, que entrou de corpo e alma na campanha.
SAÍDA HONROSA
Como saída honrosa, o governador justifica que prefere permanecer na administração para concluir as obras em cumprimento aos compromissos assumidos, mas as evidência denunciam que sua desistência é fato consumado, restando apenas ser oficialmente comunicada ao conhecimento público.
No seu lugar na disputa ao Senado, nos bastidores as informações são de que deve ser lançado o nome da sua esposa Virgínia Mendes.