Cuiabá, 06 de Junho de 2025
  
DÓLAR: R$ 5,59
Cuiabá, 06 de Junho de 2025
  
DÓLAR: R$ 5,59
Logomarca
facebook instagram twitter whatsapp

Política Quarta-feira, 04 de Junho de 2025, 05:30 - A | A

Quarta-feira, 04 de Junho de 2025, 05h:30 - A | A

Juro de um mês (abril) consome o dobro dos bloqueios anunciados pelo governo

No mês, transferência de recursos públicos para pagamento de juros somou R$ 69,7 bilhões. Bloqueio total é de R$ 31,3 bilhões, atingindo setores como Saúde, Habitação, Defesa e Ciência e Tecnologia

Da Redação

Em abril de 2025, o setor público (União, Estados/municípios estatais) gastou R$ 69,7 bilhões apenas com o pagamento dos juros da dívida, segundo dados do próprio Banco Central (BC), divulgados nesta sexta-feira (30). Em 12 meses até abril, o cenário é ainda mais alarmante: ao todo, a gastança com os juros ficou em R$ 928,4 bilhões (7,71% do PIB), um salto de quase R$ 150 bilhões em relação ao período anterior.

Reprodução BCB

 

Na sexta-feira, o governo divulgou o decreto com os bloqueios e contingenciamentos em despesas discricionárias – custeio e investimentos – no Orçamento de 2025: 31,3 bilhões a menos para Saúde, Cidades, Defesa, Ciência e Tecnologia, enfim, todos as pastas. Só ficaram de fora a Saúde, após mobilização da comunidade acadêmica, e o Banco Central.

O BC, chefiado por Gabriel Galípolo, afirma que seguirá mantendo os juros nas alturas – hoje em 14,75%, a pretexto de combater a inflação e atendendo as “expectativas” do mercado financeiro em manter os juros entre os maiores do planeta. Enquanto isso, a dívida pública incha, o custo do crédito estrangula empresas e famílias, dificultando o Brasil crescer com indústria forte e geração de empregos e renda.

Como alertou o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Ricardo Alban, no Dia da Indústria, “Temos que abordar com responsabilidade a taxa de juro abusiva, que corrói a economia”.

“Estamos num caminho que não haverá superávit primário suficiente para resolver o problema do déficit nominal”, declarou.

A cada aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic pelo Banco Central, o custo da dívida bruta federal é aumentado em cerca de R$ 50 bilhões.

Reprodução BCB

 

Em abril, o governo federal registrou um superávit primário – economia para pagar juros – de R$ 16,2 bilhões, resultado tanto do aumento da arrecadação quanto da limitação da dotação orçamentária de cada órgão federal a 1/18 do valor mensal, aplicada sobre as despesas discricionárias (investimentos e custeio da máquina pública).

Comente esta notícia

Canais de atendimento

Informações e Comercial
contato@agendamt.com.br
Telefones de Contato
+55 (65) 992024521
Endereço
Rua Professora Enildes Silva Ferreira, 8 QD 3 sala B - CPA III, Cuiabá/MT 78000-000
Expediente
Jornalista: Adalberto Ferreira
MTE 1.128/MT