O presidente do Corinthians, Augusto Melo, virou alvo de um terceiro pedido de impeachment no clube. Nesta segunda-feira, o conselheiro Paulo Roberto Bastos Pedro, membro trienal do CORI (Conselho de Orientação), entrou com uma petição para pedir o impedimento do dirigente com base na reprovação das contas de 2024.
No relatório protocolado no Conselho Deliberativo, além da rejeição aos números apresentados por parte da votação entre os conselheiros, Paulo Pedro se apega às recomendações do Conselho Fiscal e do CORI contra as contas pelo déficit de R$ 181,8 milhões e o aumento no endividamento.
O passivo do clube atingiu R$ 828 milhões, que, segundo cálculos da diretoria, contam receitas a receber resultam em R$ 407 mi em dívida bruta.
O conselheiro e membro do CORI trienal fez uma análise da prestação de contas para basear o voto contrário e protocolar o pedido de saída de Augusto Melo. Entre os pontos citados estão:
Descumprimento dos prazos na publicação dos balancetes e de envios ao CORI;
Falta do processo previsto no estatuto para a contratação das empresas de segurança;
Ausência de revisão orçamentária, assim como a falta do relatório da Ernst & Young;
Ausência de informações ao CORI sobre o desenvolvimento das atividades do clube;
Contratações do Departamento de Futebol (pela falta de pedido de apuração das responsabilidades do diretor de futebol nos investimentos do primeiro semestre);
Gestão dos ingressos e problemas direcionados com a OneFan (Fiel Torcedor e ingressos da Neo Química Arena);
Gestão em desacordo com a regulamentação do Profut e da Lei Geral do Esporte O pedido foi redigido no domingo e entregue nesta segunda-feira.
A direção do Corinthians soube da iniciativa pela manhã, mas ainda não se pronunciou.
Antes do pedido de Paulo Pedro, Augusto Melo encarou dois processos de impeachment: um aberto para votação após reunir mais de 90 assinaturas e outro recomendado pelo CORI, no fim do ano passado.
Em 20 de janeiro, o Conselho suspendeu a votação pela falta de tempo hábil para concluir o processo. A admissibilidade do impeachment foi aprovada em votação apertada, por 126 a 114.