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Política Terça-feira, 03 de Junho de 2025, 10:33 - A | A

Terça-feira, 03 de Junho de 2025, 10h:33 - A | A

Aliados de Bolsonaro já temem sua 'morte digital' com prisão dada como certa

Da Redação

O temor de uma condenação de Jair Bolsonaro (PL) na ação que investiga sua participação em uma tentativa de golpe já se consolidou até entre seus apoiadores mais próximos. Mas, agora, um novo receio toma corpo no entorno do ex-presidente: a possibilidade de que o Supremo Tribunal Federal (STF) imponha a ele a proibição de acessar redes sociais, mesmo que cumpra eventual pena em regime domiciliar.

Segundo Malu Gaspar, do jornal O Globo, interlocutores de Bolsonaro já cogitam esse desfecho como uma espécie de “exílio virtual”, que o privaria de sua principal ferramenta de influência política. “Moraes criou o exílio virtual. Vão tentar silenciar o Bolsonaro nas redes, matá-lo civilmente”, protesta uma pessoa próxima a Bolsonaro com trânsito no meio jurídico.

Esse tipo de sanção já foi imposta pelo ministro Alexandre de Moraes a outros investigados nos processos sobre os ataques golpistas de 8 de janeiro. É o caso da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, condenada em abril a 14 anos de prisão após pichar a frase “Perdeu, mané” na estátua da Justiça, em frente ao STF. Débora foi sentenciada pelos mesmos crimes dos quais Bolsonaro é réu: tentativa de abolição violenta do Estado de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Aliados temem que, diante do acirramento da tensão entre o STF e Bolsonaro — especialmente após a abertura de um inquérito contra o deputado Eduardo Bolsonaro — o ministro possa impor restrições preventivas ainda antes de qualquer julgamento.

O inquérito em questão foi autorizado por Moraes para apurar suspeita de coação e envolvimento do filho de Jair Bolsonaro em articulações com o governo de Donald Trump contra autoridades brasileiras. Bolsonaro, que deverá prestar depoimento na próxima quinta-feira (5), admitiu que tem custeado as despesas de Eduardo nos Estados Unidos, o que pode levá-lo a ser investigado como cúmplice, caso o parlamentar venha a ser condenado por alguma instância judicial.

A possibilidade de bloqueio de bens, prisão preventiva ou restrição do uso das redes sociais não está descartada pelo círculo mais próximo de Bolsonaro. Em privado, o grupo político avalia que a perda dos canais digitais poderia ser mais prejudicial à sua capacidade de articulação do que uma eventual prisão.

Atualmente, o ex-presidente soma 13,9 milhões de seguidores no X (antigo Twitter) e 26,6 milhões no Instagram. Para efeito de comparação, o presidente Lula (PT) tem, nas mesmas redes, 9,5 milhões e 13,2 milhões de seguidores, respectivamente. Nas duas últimas campanhas presidenciais, Bolsonaro utilizou essas plataformas como principal forma de comunicação com seu eleitorado e de ataque a adversários.

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