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Política Terça-feira, 03 de Junho de 2025, 06:56 - A | A

Terça-feira, 03 de Junho de 2025, 06h:56 - A | A

Bandeira vermelha sobre a conta não resolve, pois crise do setor elétrico advém do modelo falido

O consumo médio residencial brasileiro é extremamente baixo, algo em torno de 150 KWh/mês. Bastam uma geladeira, ventilador e algumas lâmpadas e já se chega a esse consumo mensal, o que mostra que bandeira vermelha não funciona para reduzir o consumo

Da Redação

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na sexta-feira (30/5) que o sistema tarifário Bandeira Vermelha patamar 1 será acionado a partir desta semana, adicionando às contas de energia custo extra de R$ 4,46 a cada 100 KWh consumidos. Assim sendo, a conta de luz ficará mais cara a partir de junho.

A decisão se baseia em previsões de que o mês de junho será mais seco, diminuindo a disponibilidade de geração de energia hidroelétrica no país. Então, para manter a geração será necessário acionar as usinas termelétricas – que são mais caras para as operadoras de energia. Os custos, ao invés de serem absorvidos pelas distribuidoras, são repassados aos consumidores.

BANDEIRA NÃO CONTROLA CONSUMO

 

 

Embora os consumidores de hidrelétricas possam pagar menos pela energia em suas regiões, o sistema elétrico como um todo pode ter custos mais altos devido ao uso de termelétricas. Estes custos são repassados a todos os consumidores em alguma medida. 

A crise hídrica pode aumentar a dependência de termelétricas e, consequentemente, os custos do sistema elétrico. Isso pode levar a um aumento na tarifa da energia para todos os consumidores, incluindo aqueles em regiões com hidrelétricas.

Resumindo, os elevados custos das usinas térmicas movidas a combustíveis são repassados para os consumidores de todas as regiões do país. Os consumidores das regiões em que a produção de energia é suficiente para atender a demanda, pagam preços mais altos pelos custos da energia térmica produzida por usinas movidas a combustíveis nas regiões que enfrentam crises hídricas.  

A Aneel justifica que a adoção da bandeira vermelha patamar 1 tem o objetivo conter a crise energética atual e incentivar a redução voluntária do consumo de energia pela população.

Porém, o consumo médio residencial brasileiro é extremamente baixo, algo em torno de 150 kWh/mês. Bastam uma geladeira, ventilador e algumas lâmpadas e já se chega a esse consumo mensal.

Que sinal econômico as bandeiras podem exercer sobre esse consumidor? Nenhum, pois qualquer economia só pode ser obtida pelo sacrifício do essencial.

Portanto, racionamento não se faz apenas por falta de fornecimento. Faz-se também via preço, e a energia elétrica brasileira ocupa a 3ª posição entre as mais caras do planeta.

 

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