A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou nesta segunda-feira (28/7) a interdição cautelar do medidor de glicose sanguínea OK Pro, fabricado pela empresa Biomolecular Technology. A decisão, publicada no Diário Oficial da União e divulgada pelo jornal O Globo, foi motivada pela reprovação do equipamento em análises conduzidas por um laboratório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
De acordo com a Anvisa, a interdição é uma medida preventiva e temporária, com o objetivo de "impedir temporariamente a fabricação, a comercialização, o uso ou o funcionamento de um produto ou serviço até que ele esteja adequado às normas estabelecidas e que as investigações sejam concluídas". A medida reforça a preocupação com a segurança de dispositivos médicos, especialmente os destinados ao monitoramento de doenças crônicas como o diabetes. Lotes já estavam suspensos.
A interdição desta segunda-feira ocorre pouco mais de uma semana após a agência determinar a suspensão e o recolhimento de três lotes do mesmo medidor de glicemia: OKPR000266498, OKPR000266508 e OKPR000266509. Além desses, dois lotes do teste de glicose sanguínea da mesma marca — HHH240415B-1 e B30025B25-1 — também haviam sido interditados.A interdição cautelar atinge, portanto, o produto como um todo, ampliando o alcance da restrição anterior e exigindo uma resposta rápida por parte do fabricante.
ORIENTAÇÕES
Consumidores que adquiriram qualquer lote do medidor OK Pro devem suspender o uso imediato do equipamento. A Anvisa recomenda que os usuários entrem em contato com o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) da Biomolecular Technology, pelo e-mail sac@bmtmed.com.br, para receber orientações sobre devolução, substituição ou reembolso. A agência reforça que o uso de medidores com desempenho irregular pode comprometer a precisão na leitura dos níveis de glicose, colocando em risco a saúde de pacientes diabéticos que dependem de resultados confiáveis para o controle da doença. A interdição segue vigente até que os testes e investigações sejam concluídos e o produto comprove estar em conformidade com os padrões exigidos para comercialização no país.