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Política Quinta-feira, 13 de Fevereiro de 2025, 07:13 - A | A

Quinta-feira, 13 de Fevereiro de 2025, 07h:13 - A | A

Times de futebol gastam muito acima do que podem e ‘bolha’ vai estourar, adverte especialista

Da Redação

Os 20 clubes de futebol da Série A se manifestam favoráveis à regulamentação para a implementação de um regulamento condizente com o mercado brasileiro, em função dos altos gastos dos clubes, em várias situações investimentos e despesa acima da capacidade financeira. 

Times da primeira divisão já movimentaram aproximadamente R$ 371,6 milhões de euros (R$ 2,2 bi na cotação atual) em transferências, maior valor já registrado na história do Brasil. Paulo Bracks, diretor executivo do Atlético-MG, demonstrou preocupação com o aumento das cifras e fez uma alerta: “há clubes fazendo investimentos que não têm condições, mas a bolha vai estourar”.

Os investimentos e salários estão acima do que se esperava e o mercado brasileiro entre clubes tem gerado negociações que até três, cinco anos atrás eram impensáveis.

O economista Cesar Grafietti, destaca que o movimento acontece porque naturalmente uns clubes podem gastar mais do que outros, enquanto os demais gozam de incentivo adicional pela entrada de dinheiro extra incomum por patrocínios de casa de aposta, além de algumas SAFs, que estão aportando valores sem lastro para deixar equipes competitivas.

GASTA O QUE NÃO TEM

“A bolha vai estourar, isso é fato”, sentencia o economista. “Já enxergo que os números de 2024 serão muito ruins do ponto de vista de resultado e dívida, e 2025 será ainda pior. Não adianta todo mundo gastar o que não tem porque o resultado será sempre prejuízo e aumento de dívida”, analisa Grafietti.

“O que Flamengo e Palmeiras fazem é justificável. O Bahia também, porque é do Grupo City, que tem muito dinheiro. Os outros, não, porque ninguém tem todo esse dinheiro. Só que eles se sentem na obrigação de ‘correr’ para acompanhar esses que têm mais condição”, explica.

“Quando eu vejo Corinthians, São Paulo, mesmo o Cruzeiro, que é SAF, e o próprio Atlético-MG, fazendo esses movimentos, eu não consigo ver lógica financeira. Eles fazem um movimento de reação para competir com os mais organizados que estão um passo à frente.

Segundo a edição 2024 do relatório Convocados, o Botafogo apresentou receita de R$ 355 milhões em 2023 e gastos de R$ 444 milhões. No ano passado, a SAF alvinegra investiu impressionantes R$ 373,2 milhões somando as duas janelas de transferências, com destaque para as contratações de Thiago Almada (R$137,4 milhões) e Luiz Henrique (R$ 106,6 milhões), as duas mais caras da história do futebol brasileiro. O clube faturou R$ 245 milhões somente com premiações no ano passado.

O Palmeiras, com receitas potencializadas pela venda de jogadores promissores das categorias de base, decidiu mudar de postura em 2025 e foi agressivo para o mercado, fazendo contratações com altas compensações financeiras. O atacante Paulinho foi comprado junto ao Atlético-MG por R$ 118 milhões, a transação mais cara do futebol nacional neste ano até o momento.

Existem diferentes modelos de controle financeiro aplicados nas principais ligas da Europa. Recentemente, Everton e Nottingham Forest foram punidos com perdas de pontos na Premier League por apresentarem déficits financeiros superiores ao permitido pela liga inglesa em um período de três anos. Na Espanha, La Liga segue um caminho parecido com o da Uefa, limitando 45% dos gastos da receita com salários, e planeja aumentar a margem para 70% na temporada 2025/26.

Assim, ele aponta que o controle de gastos em relação à receita deva ser um dos pilares do regulamento, mas destaca que a limitação dos gastos poderia estar associado a um controle das dívidas.

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