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Polícia Terça-feira, 27 de Maio de 2025, 20:13 - A | A

Terça-feira, 27 de Maio de 2025, 20h:13 - A | A

Adolescente e outros 6 investigados por apologia ao nazismo e automutilação são internados após ação policial

Outros três adultos envolvidos em crimes cibernéticos foram presos durante a operação. O adolescente chefe do grupo criminoso já foi investigado por apologia ao nazismo e por promover automutilação entre jovens na internet em outras duas operações

Da Redação

O adolescente de 15 anos, chefe do grupo investigado na Operação Mão de Ferro 2 por crimes contra crianças na internet, foi apreendido e internado provisoriamente no Sistema Socioeducativo de Rondonópolis, a 212 km de Cuiabá, nesta terça-feira (27/05). A internação foi solicitada pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), que ingressou com duas representações pedindo que ele fique internado por 45 dias.

Nesta terça-feira, a Polícia Civil cumpriu 22 mandados em 12 estados contra o grupo que promovia crimes de ódio na internet. Ao todo, sete adolescentes foram internados em Aquidauana (MS), Marabá (PA), Barcarena (PA), Canaã dos Carajás (PA), Itu (SP) e São Domingos (SE).

Outros três adultos foram presos também por suspeita de crimes cibernéticos.

O adolescente mato-grossense também é investigado por participação em um grupo que compartilhava conteúdos de exploração sexual infantil, apologia ao nazismo, incentivo à automutilação e crimes de ódio na internet.

Além de ameaçar a vítima, o adolescente também entrou em contato com a mãe dela, enviando mensagens ofensivas dirigidas tanto à jovem quanto à mulher. Nas imagens é possível ver que o adolescente ameaça expor a adolescente caso ela não envie fotos de partes do corpo mutilado. "Gostou de se cortar?", diz o adolescente.

Conforme as investigações, o suspeito lucrava cerca de R$ 3 mil por mês vendendo materiais de exploração sexual infantil e automutilação de meninas, segundo o delegado responsável pela investigação, Gustavo Godoy.

Crimes

Os crimes aconteciam principalmente em plataformas como WhatsApp, Telegram e Discord, onde os suspeitos compartilhavam conteúdos violentos, incentivavam comportamentos autodestrutivos, faziam ameaças e expunham publicamente vítimas.

As penas, somadas, podem ultrapassar 20 anos de reclusão, além de multas. Os investigados podem responder pelos crimes:

Induzir, ajudar ou incentivar automutilação e suicídio (Art. 122 do Código Penal), com pena de 2 a 6 anos, que pode dobrar se a vítima for criança ou adolescente.

Perseguição (stalking) (Art. 147-A do Código Penal), com pena de 6 meses a 2 anos, aumentada se a vítima for criança ou adolescente.

Ameaça (Art. 147 do Código Penal), com pena de 1 a 6 meses ou multa.

Produção, armazenamento e compartilhamento de imagens de abuso sexual infantil (Arts. 241-A e 241-B do ECA), com pena de 3 a 6 anos para compartilhamento e 1 a 4 anos para armazenamento.

Apologia ao nazismo (Art. 20, §1º, da Lei 7.716/89), com pena de 2 a 5 anos.  

Mas, afinal, o que é o Discord?

O Discord é uma plataforma de comunicação digital que permite que os usuários conversem por meio de mensagens de texto, voz e vídeo.

No Brasil, a rede social diz que só permite acesso para adolescentes a partir dos 13 anos. O aplicativo é usado principalmente por adolescentes que querem jogar e conversar ao mesmo tempo, e, inclusive, foi desenvolvido com esse propósito.

Agressores têm se aproveitado das transmissões em vídeo ao vivo da plataforma para, por exemplo, chantagear vítimas a cumprir desafios sob a ameaça de ter fotos íntimas vazadas, conforme reportagem do Fantástico mostrou em maio de 2023.

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