Uma clínica estética de franquia nacional fechou as portas nessa quarta-feira (10) sem aviso prévio aos funcionários após oferecer pacotes com descontos "agressivos" durante a Black Friday em Cuiabá. O estabelecimento é investigado pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) por suspeita de aplicar um golpe com esses pacotes promocionais a mais de 80 clientes.
A denúncia aponta que os valores das sessões de estética tiveram um desconto de 87,5%, o que atraiu vários clientes. Inicialmente, dez sessões custavam R$ 3.999, mas, durante a Black Friday, a clínica passou a anunciar esse mesmo pacote ao preço de R$ 499.
O delegado responsável pelo caso Rogério Ferreira explicou que a clínica já foi interditada três vezes neste ano pela Vigilância Sanitária, mas toda vez a empresa voltava a abrir mesmo sem alvará.
"Depois de oferecerem esses pacotes promocionais agressivos, a clínica disse que não iria abrir as portas na segunda-feira por causa do feriado e na terça-feira em função de uma dedetização. Já na quarta-feira, os funcionários foram surpreendidos com as portas fechadas e sem qualquer pertence dos donos no local", afirmou.
O delegado disse que os seis funcionários ficaram extremamente abalados com o fechamento da clínica, porque alguns objetos pessoais estavam trancados lá dentro e, também, estão há dois meses sem receber o salário. Além do fato de que os donos da empresa ostentavam uma vida de luxo nas redes sociais.
Durante a oferta dos pacotes, a procura foi tão grande que os contratos não estavam sequer sendo gerados. Por isso, as funcionárias informaram que o pagamento seria feito na hora, mas que a assinatura seria feita depois.
Com isso, os clientes prejudicados se uniram em um grupo de mensagens que já reúne mais de 80 vítimas, mas apenas três procuraram a delegacia.
Na denúncia, uma das clientes disse que nunca recebeu os contratos que assinou na empresa, apesar da promessa de que seriam enviados por e-mail.
Além disso, os proprietários ainda possuem outra unidade de depilação a laser em Sinop, a 503 km de Cuiabá.
A Decon investiga o caso e orienta que as vítimas procurem a delegacia.
