Diante do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse não temer novas sanções do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Brasil.
Nesta quinta-feira (11/9), Bolsonaro foi condenado pela Primeira Turma da Corte a 27 anos e 3 meses de prisão em regime fechado por tentativa de golpe e abolição de Estado Democrático.
O petista afirmou que irá responder ao governo americano "na medida" em que forem anunciadas novas penas ao Brasil, e que os Estados Unidos "precisam saber que não estão tratando com uma republiqueta de banana".
“Não temo [novas sanções]. As acusações contra o Brasil são todas falsas e o presidente Trump sabe disso. Não tem déficit comercial, é arrogância dele não querer que a Justiça brasileira julgue alguém que cometeu um crime, o presidente de um país não pode ficar interferindo nas decisões de outro país soberano. Se ele vai tomar outras atitudes, é um problema dele”, disse Lula em entrevista à Band na manhã de hoje, antes da condenação de Bolsonaro, ao ser questionado sobre futuras sanções de Trump.
“MUITO SURPREENDENTE” A CONDENAÇÃO DE BOLSONARO AFIRMOU TRUMP
Nesta quinta (11/9), Trump afirmou ter considerado “muito surpreendente” a condenação de Bolsonaro.
“Eu achava que ele era um bom presidente do Brasil, e é muito surpreendente que isso tenha acontecido. É muito parecido com o que tentaram fazer comigo, mas não conseguiram”, disse Trump a repórteres. “Ele era um bom homem”.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que o seu país vai "responder adequadamente" ao que ele definiu como "caça às bruxas". Em publicação nas redes sociais, Rubio acusou o ministro Alexandre de Moraes de ser um "violador de direitos humanos".
"As perseguições políticas por parte do violador de direitos humanos Alexandre de Moraes continuam, uma vez que ele e outros membros do Supremo Tribunal Federal do Brasil decidiram injustamente prender o ex-presidente Jair Bolsonaro. Os Estados Unidos responderão adequadamente a esta caça às bruxas", escreveu a autoridade americana.