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Esporte Quinta-feira, 29 de Maio de 2025, 18:07 - A | A

Quinta-feira, 29 de Maio de 2025, 18h:07 - A | A

Anulação do julgamento dos médicos de Maradona gera controvérsia na Argentina

Julgamento estava suspenso desde a semana passada, após mais de dois meses de audiências. Sete profissionais de saúde que faziam parte da equipe médica do ex-jogador eram acusados de negligência médica e estavam sendo julgados por homicídio

Da Redação

A Justiça da Argentina anulou nesta quinta-feira (29/05) o julgamento dos profissionais de saúde acusados pela morte do ex-jogador de futebol Diego Maradona. O tribunal declarou inválido o processo judicial.

O julgamento estava suspenso desde a semana passada, após mais de dois meses de audiências. A suspensão ocorreu após um escândalo envolvendo uma das juízas.

As partes do processo questionaram a conduta de Julieta Makintach, que teria participado de um documentário sobre a morte de Maradona.

Trechos das gravações vieram a público, mas ela afirmou que o material fazia parte de uma entrevista que deu a um amigo.

Sete profissionais de saúde estavam sendo julgados pela morte de Maradona. Eles eram acusados de negligência médica e respondiam por homicídio simples com dolo eventual — um relatório médico independente divulgado em 2021 afirmou que o ex-jogador morreu "abandonado à própria sorte".

A lista de acusados inclui o neurocirurgião Leopoldo Luque, que era médico pessoal do atleta, além de um médico clínico, uma psiquiatra, um psicólogo, uma médica coordenadora do plano de saúde, um coordenador de enfermeiros e um enfermeiro.

Caso fossem considerados culpados, os réus poderiam ser condenados a penas de oito a 25 anos de prisão. Uma oitava enfermeira estava sendo processada em um julgamento separado, e ainda não se sabe se seu caso também foi anulado. Todos os acusados alegaram inocência.

Considerado um dos maiores jogadores da história, Maradona morreu no dia 25 de novembro de 2020, aos 60 anos, devido a um edema pulmonar enquanto recebia atendimento médico em casa após uma cirurgia neurológica pela qual havia passado duas semanas antes.

Entenda as polêmicas em torno do julgamento:

O julgamento foi cercado de polêmicas. No primeiro dia, um promotor do caso mostrou uma foto de Maradona minutos após sua morte. A imagem causou choque no país.

Os fãs de Maradona marcaram presença em frente ao tribunal em Buenos Aires. E, nesta semana, Leopoldo Luque, médico pessoal de Maradona, chegou a ser agredido no rosto por um torcedor.

Ainda sobre o caso da juíza, o pedido de suspensão também estava relacionado à suposta entrada de câmeras nas audiências, já que desde o segundo dia estava proibido filmar dentro do tribunal.

À época, ela disse não acreditar que havia algo na denúncia da qual precisasse "se defender" e chamou as acusações de "enorme operação midiática":

"Não vejo fatos, declarações, nada que eu precise explicar. Não há irregularidade, não há crime, não há má conduta. Estamos lidando com uma enorme operação midiática para me coagir e me manter fora deste debate. E, sabe de uma coisa, não vou me desculpar. Quero deixar claro que não vou recuar", disse.

O advogado Fernando Burlando, que representa as filhas de Maradona, já havia feito duras críticas à juíza. Disse que ela "não atuou como juíza, mas como atriz", e que Makintach sempre ia ao julgamento "muito bem vestida".

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