O empresário Rafael Menin, um dos acionistas da SAF do Atlético-MG, reconheceu publicamente que o clube mineiro está em pendência com o Cuiabá pela contratação do atacante Deyverson. A negociação ocorreu na janela de transferências do meio do ano passado, com valor acordado de R$ 4 milhões em parcelas.
No entanto, o Atlético atrasou os pagamentos, e o caso acabou sendo levado pelo clube mato-grossense à Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) e ao Banco Central.
Menin admitiu o erro do Atlético por não cumprir os prazos estabelecidos em contrato. “Se a gente assina um contrato com data de pagamento e o pagamento não é feito, a gente está errado. Isso é indiscutível”, afirmou o dirigente. No entanto, ele criticou a forma como o Cuiabá tem tratado a situação, alegando que o clube optou por uma abordagem mais combativa em vez de buscar um diálogo direto.
“O presidente do Cuiabá preferiu ir para o confronto. A gente tem procurado resolver problemas semelhantes de forma mais executiva, conversando e refinanciando as dívidas. Devemos ter cerca de 10 clubes que nos devem, e não damos visibilidade a isso”, completou Menin.
Em resposta às declarações, a diretoria do Dourado apresentou, nesta segunda-feira, documentos que comprovam que o Banco Inter, instituição financeira ligada a Menin, foi formalmente notificado e respondeu à reclamação registrada no Banco Central. A ação do clube tem o objetivo de desmentir a fala do dirigente atleticano, que havia classificado a denúncia como “inverídica” e os valores cobrados como “indevidos”.
O episódio gera mais um capítulo tenso nas relações entre clubes da Série A e dívidas com o clube auriverde: Corinthians, Grêmio e Santos também estão sendo cobrados. Enquanto isso, Deyverson já deixou o Atlético e atualmente defende o Fortaleza, após ter sido vendido no início desta temporada.