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Esportes Quinta-feira, 18 de Dezembro de 2025, 13:22 - A | A

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Davide Ancelotti deixa o Botafogo após atritos internos e desgaste com planejamento para 2026

Maior atrito prévio à demissão foi por causa do preparador físico Luca Guerra; fontes próximas ao técnico garantem que decisão de deixar o Botafogo não foi impulsiva

DA REDAÇÃO

Chegou ao fim a passagem de Davide Ancelotti como técnico do Botafogo. O clube carioca anunciou, nesta quarta-feira, o término do contrato do italiano, que originalmente seguiria no cargo até o fim de 2026. A saída teve como fator principal a figura do preparador físico Luca Guerra. O Botafogo havia decidido pela saída de Luca Guerra no começo de novembro, mas o clube resolveu que só comunicaria a decisão após o fim do Campeonato Brasileiro, por motivos de logística.

O primeiro contato oficial com Davide Ancelotti sobre o assunto aconteceu há cerca de um mês, e o técnico inicialmente entendeu as queixas da diretoria. De lá para cá, Davide participou de diversas reuniões sobre planejamento, opinando até mesmo sobre o perfil de jogadores que o Botafogo deveria buscar no mercado. Nos últimos dias, no entanto, Davide afirmou ao clube que a permanência de Guerra era imprescindível, o que gerou o maior atrito prévio à demissão.

Fontes ouvidas pela reportagem apontam que Luca "passava por cima" da hierarquia no departamento médico do Botafogo. O preparador físico teria o hábito de ignorar instruções passadas pelo Núcleo de Saúde e Performance — como informações de mapa e calor, cansaço e leitura física da fisiologia —, preparando os treinos do clube carioca da maneira que preferia. A intensidade excessiva gerou múltiplos casos de lesões musculares, como publicou o ge, e o assunto causou polêmica nos bastidores.

Ainda houve relatos de ao menos dois entreveros internos durante a passagem de Luca Guerra como preparador físico. Do lado do treinador, foi apurado informações de fontes próximas a Davide que a decisão não foi tomada por impulso, mas por "diferentes razões". Além da discordância sobre a situação de Luca Guerra, o técnico italiano optou pela saída após uma reflexão sobre o próprio futuro profissional e os desafios do Botafogo para 2026.

Os motivos de Davide Dentre as razões apontadas por Davide, está o planejamento do Botafogo para 2026. O treinador relatou à diretoria a necessidade da contratação de reforços para o elenco estar de acordo com os objetivos apontados por John Textor, como a disputa por títulos no próximo ano. As movimentações iniciais no mercado, porém, não lhe davam garantia que haveria um grupo competitivo o suficiente para atender o desejo do dirigente americano.

O perfil buscado pelo clube no mercado, aos olhos de Davide, era de atletas para compor o grupo. Havia ainda o temor de que o Botafogo sofresse o transferban pelo caso de Thiago Almada. O time brasileiro terá que pagar 21 milhões de dólares para evitar a restrição à contratação de novos jogadores. Para levantar as cifras, o horizonte apontava para a necessidade de vendas de jogadores importantes para o elenco — algo que o treinador discordava e considerava incoerente com ambição para a próxima temporada. Além disso, Davide não se sentia "seguro" no Botafogo, nem com garantias de terminar seu contrato.

Em alguns momentos de 2025, ele chegou a ser vaiado por torcedores. Apesar de sempre ter bom relacionamento interno com a diretoria, o italiano acreditava que uma simples oscilação do time no início da temporada poderia tirá-lo do cargo. Fontes ligadas à comissão técnica alegam que Davide foi informado do desejo de demissão de Luca há três dias, quando se reuniu pessoalmente com membros da diretoria. Inicialmente, o motivo apontado foi relacionamento, algo considerado contornável pelo treinador, mas depois houve a manifestação de problemas com lesões.

O treinador pediu um tempo para pensar, mas de imediato desconsiderou tirar o preparador físico da sua comissão. Pelos problemas físicos, internamente se sabia que o elenco conta com problemas crônicos com lesões. Após a decisão, na manhã desta quarta, o treinador procurou os líderes do elenco para explicar os motivos da saída.

Com a rescisão "amigável", a ideia é que nem o clube, nem o treinador precise arcar com valores financeiros no encerramento precoce do término do contrato. Contratado em julho de 2025, Davide tornou-se o terceiro técnico mais longevo da era SAF no Botafogo. Foram 33 jogos, com 15 vitórias, 11 empates e sete derrotas.

Em nota, o clube carioca prometeu anunciar a próxima comissão técnica "em breve".

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