Cuiabá, 15 de Outubro de 2025
  
DÓLAR: R$ 5,37
Cuiabá, 15 de Outubro de 2025
  
DÓLAR: R$ 5,37
Logomarca
facebook instagram twitter whatsapp

Polícia Quarta-feira, 15 de Outubro de 2025, 10:07 - A | A

Quarta-feira, 15 de Outubro de 2025, 10h:07 - A | A

Chefe de facção é preso em praia do RJ por comandar esquema de raspadinhas ilegais em MT

Grupo atuava em um esquema de jogos de azar em cerca de 20 cidades de Mato Grosso, com foco na exploração de raspadinhas ilegais. Nesta terça-feira (14), mais de 20 pessoas foram alvos de prisão.

Da Redação

Ederson Xavier de Lima, o Boré, preso em uma praia de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, é apontado pela Polícia Civil como o chefe de um esquema de jogos de azar em 20 cidades de Mato Grosso, com foco na exploração de raspadinhas ilegais. Nesta terça-feira (14), o grupo chefiado por Boré foi alvo da Operação Raspadinha do Crime.

De acordo com o delegado Antenor Pimentel, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Ederson, é ligado a facção Comando Vermelho e atuava na parte financeira do esquema e, mesmo estando no Rio de Janeiro, era responsável pela remessa de valores e pagamentos.

“Ele fazia a movimentação do dinheiro. A raspadinha, como é uma coisa ilegal, ela não tinha um portal, não tinha nada. Era feito pelo WhatsApp”, explicou.

Ainda segundo a investigação, Boré recebia os pedidos e fazia pagamentos dos prêmios por meio de contas bancárias de laranjas. Toda a operação era coordenada informalmente, à distância, usando apenas o celular.

No dia 28 de setembro, vídeos registrados por policiais civis no momento da prisão mostram Boré sentado em uma cadeira de praia, acompanhado de dois homens que também foram presos em flagrante pelos crimes de uso de documento falso e receptação.

Raspadinha do Crime

Conforme as investigações, os alvos da operação Raspadinha do Crime usavam uma empresa de jogos de azar como fachada para lavar dinheiro e financiar atividades de uma facção criminosa em mais de 20 cidades de Mato Grosso.

A ação cumpriu 21 mandados de prisão preventiva, 54 de busca e apreensão, 11 ordens de bloqueios e 25 ordens de quebra de sigilo bancários e telemáticos e sequestro de valores que ultrapassam R$ 1,1 milhão, expedidos pela 5ª Vara Criminal de Sinop.

Os mandados foram cumpridos nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Alta Floresta, Aripuanã, Brasnorte, Campo Novo do Parecis, Campo Verde, Castanheira, Colíder, Colniza, Confresa, Guarantã do Norte, Juara, Juína, Juruena, Lucas do Rio Verde, Matupá, Novo Horizonte do Norte, Novo Mundo, Nova Mutum, Pontes e Lacerda, Poxoréu, Primavera do Leste, Rondonópolis, Santa Carmem, Santiago do Norte, São José do Rio Claro, Sinop, Sorriso, Tangará da Serra, Tapurah, Terra Nova do Norte e União do Sul.

A operação é conduzida pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), com apoio da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO).

O esquema milionário

A investigação começou depois de uma operação policial que ocorreu em maio deste ano descobrir a existência de uma rede organizada que operava um falso empreendimento de raspadinhas instantâneas. Em apenas seis meses, a facção criminosa teria movimentado mais de R$ 3 milhões por meio do esquema de jogos de azar, segundo a Polícia Civil.

O grupo simulava uma empresa legítima com planejamento empresarial, hierarquia e funções bem definidas. A estrutura da empresa era dividia em três níveis operacionais:

O núcleo estratégico, sediado em Cuiabá, era responsável por coordenar as ações financeiras e definir as diretrizes da operação;

O núcleo financeiro, que gerenciava contas bancárias de fachada, movimentando grandes quantias e distribuindo recursos a diferentes regiões do estado;

O núcleo operacional, que atuava em mais de 20 cidades, distribuindo bilhetes dos jogos e controlando as vendas.

Comente esta notícia

Canais de atendimento

Informações e Comercial
contato@agendamt.com.br
Telefones de Contato
+55 (65) 992024521
Endereço
Rua Professora Enildes Silva Ferreira, 8 QD 3 sala B - CPA III, Cuiabá/MT 78000-000
Expediente
Jornalista: Adalberto Ferreira
MTE 1.128/MT