Um professor de educação física, de 45 anos, é investigado pela Polícia Civil por importunação sexual a um aluno de uma escola particular de Primavera do Leste, a 239 km de Cuiabá. Na última quarta-feira (8), ele foi preso em Minas Gerais durante uma viagem de jogos do time da escola.
Segundo a polícia, as investigações começaram após o pai do aluno, de 14 anos, procurar a delegacia informando ter visto mensagens de cunho sexual enviadas pelo professor Roberto Feijó ao filho dele, no WhatsApp.
À polícia, o pai informou que o filho confirmou que recebia as mensagens e que o professor investigado teria importunado ele sexualmente durante duas viagens para jogos em outras cidades.
De acordo com a delegacia de Primavera do Leste, uma das mensagens enviados pelo educador continha uma imagem com linguagem sexual explícita e metáforas impróprias. Nela, contém uma classificação humorística e vulgar de tipos de órgãos genitais masculinos, utilizando descrições metafóricas em português.
O material não possui qualquer relação com conteúdo pedagógico ou educativo. A linguagem usada, segundo a polícia, é inadequada para menores de idade e violou normas de conduta da educação.
A delegada responsável pelo caso, Licia Juliane de Almeida Paiva, informou que ouviu os relatos do pai e filho, e pediu a prisão preventiva do suspeito. Por se tratar de um caso envolvendo menor de idade, a investigação está em sigilo.
"Trata-se de um professor que atua há 13 anos na mesma escola, é muito conhecido e respeitado na cidade, com grande reputação como treinador [...] Pelo relato do adolescente, eu vi indícios concretos de crime de importunação sexual, e fiz o pedido de prisão. Quando o mandado saiu, ele já estava em viagem com o time de vôlei para os jogos do Campeonato Brasileiro", informou.
A delegada alertou os pais e responsáveis para que fiquem atentos ao uso de celulares por crianças e adolescentes.
"Sempre conversar com os filhos para eles serem abertos. A culpa nunca é da criança ou do adolescente, porque muitas vezes a gente escuta dos abusadores: Ah, mas ela ou ele deu em cima, deu abertura, veio atrás. Então, deixar claro que a culpa é do abusador", ressaltou.
De acordo com a Polícia Civil, o professor será transferido para Mato Grosso, onde será ouvido e ficará à disposição da Justiça. As investigações continuam para identificar possíveis outras vítimas.