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Polícia Sábado, 21 de Junho de 2025, 20:31 - A | A

Sábado, 21 de Junho de 2025, 20h:31 - A | A

PMs acusados de encobrir assassinato de Renato Nery terão que usar tornozeleira, decide Justiça

Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira, Leandro Cardoso e Jorge Rodrigo Martins foram presos por suspeita de esconder arma usada para matar o advogado e inseri-la na cena de um suposto confronto para dificultar investigação

Da Redação

A Justiça Militar de Mato Grosso determinou que os quatro policiais militares investigados por envolvimento no homicídio do advogado Renato Gomes Nery, em Cuiabá, usem tornozeleira eletrônica. A decisão foi assinada pelo juiz João Bosco Soares da Silva, na quarta-feira (18/06).

Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira, Leandro Cardoso e Jorge Rodrigo Martins foram presos na Operação Office Crimes: A Outra Face, em março deste ano, e soltos em maio, após um pedido de habeas corpus. Os quatro já são réus no processo pela justiça comum.

Conforme a decisão, os PMs ainda terão que cumprir as seguintes medidas:  

comparecimento periódico para informar e justificar atividades;

proibição de manter contato com pessoas relacionadas com o processo, vítimas e testemunhas, por qualquer meio, seja diretamente, por mensagens, ligações ou mídia social; proibição de se ausentar da comarca sem autorização;

recolhimento domiciliar no período noturno das 20h às 6h, incluindo os dias de folga, domingos e feriados;

suspensão do exercício de função pública; suspensão do Porte de armas de fogo.

Eles são investigados por forjar um confronto com assaltantes envolvendo a arma usada para matar o advogado, em julho do ano passado. De acordo com a denúncia, os PMs seriam os responsáveis por esconder a arma usada para matar o advogado e inseri-la na cena de um suposto confronto para dificultar as investigações.

Os PMs foram denunciados por organização criminosa, alteração da cena de crime, porte ilegal de armas de uso restrito e falsidade ideológica.

Para o MPMT, o que conecta o confronto forjado e o assassinato de Renato é a confirmação da origem da munição encontrada no local do crime. Conforme a perícia, as munições eram do batalhão das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam), onde os PMs e outros investigados trabalhavam na época.

A perícia aponta ainda que não houve troca de tiros, como os policiais militares relataram. Nem a viatura e nem o carro onde os assaltantes estavam tinham perfurações.

Além dos PMs investigados, outras seis pessoas foram presas por envolvimento direto no assassinato de Renato Nery. Veja abaixo quem são:

Caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva – atirador

Sargento da PM Heron Teixeira Pena Vieira – intermediador recebeu dinheiro, arma e contratou o Alex pra fazer executar

Cabo da PM Jackson Pereira Barbosa – intermediador entregou dinheiro a Heron

Policial da inteligência da Rotam, Ícaro Nathan Ferreira – intermediador que entregou parte do dinheiro ao Heron e entregou a arma

Empresário Cesar Jorge Sechi – mandou matar Nery por causa da disputa de terra

Empresária Julinere Goulart Bastos – mandou matar Nery por causa da disputa de terra.

Ela é esposa de Cesar  

Negociações e motivo do assassinato  

As investigações apontaram que a morte de Nery foi motivada por disputa de terra. Segundo a polícia, o advogado não temia morrer, mas sim perder suas terras, que tentava transferir para o nome das filhas.

O policial militar Heron confessou ter sido contratado para matar o advogado e que contratou Alex para executar Renato. Ele afirmou à polícia que recebeu R$ 200 mil para matar e, desse valor, pagou R$ 50 mil ao caseiro para a execução.

Nery foi baleado quando chegava no escritório dele, em julho de 2024. Segundo a Polícia Civil, o atirador já estava esperando pelo advogado e, após atirar, fugiu do local em uma moto. Uma câmera de segurança registrou o momento.  

Investigações

Em julho, após matar o advogado em frente a um escritório na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá, o caseiro fugiu de moto para uma chácara no bairro Capão Grande, em Várzea Grande.

O trajeto foi flagrado por diversas câmeras de segurança e no dia 8 de julho, a polícia conseguiu acesso à última imagem, que mostrava a moto a menos de 2 km da chácara. Com isso, dois dias depois, as equipes procuram a moto na região.

Segundo o delegado Bruno Abreu, a presença da polícia perto da chácara assustou os suspeitos, que tentaram simular um confronto para justificar o abandono da arma do crime e culpar outras pessoas.

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