Três dias após ser condenado a uma pena de 27 anos por tentativa de golpe e outros quatro crimes, o ex-presidente Jair Bolsonaro deixou a prisão domiciliar na manhã deste domingo (14/9) para realizar exames e procedimentos médicos em um hospital de Brasília.
Ele chegou à unidade de saúde por volta das 08h00, sob forte escolta policial, e só deixou o local às 13h50, quando foi levado de volta para sua casa, em um condomínio no Lago Sul, na capital federal. O boletim médico divulgado logo após a alta apontou quadro de "anemia" e a tomografia mostrou imagem residual de uma pneumonia recente.
Foi a primeira vez que o ex-mandatário deixou a sua residência após a condenação pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Como está em prisão domiciliar por suspeita de obstrução de Justiça, desde o início de agosto, Bolsonaro precisou de autorização do ministro Alexandres de Moraes para poder fazer o deslocamento.
A ida ao hospital contou com um forte esquema de segurança. As medidas incluíram escolta policial, varredura na porta do hospital e até revista em mochilas de apoiadores do ex-presidente que o aguardavam em frente à unidade de saúde.
Bolsonaro chegou ao hospital pontualmente às 8h, escoltado por oito viaturas. Um grupo de apoiadores, de cerca de 30 pessoas, estava no local à sua espera. Após receber alta, Bolsonaro saiu do hospital pela porta da frente acompanhado dos filhos Jair Renan e Carlos. Antes de entrar no carro que o levaria de volta para casa, ficou em pé por cerca de cinco minutos enquanto apoiadores entoavam gritos de apoio, como "volta Bolsonaro" e "anistia já". Eles também cantaram o Hino nacional. Com um semblante sério, cumprimentou com a cabeça alguns policiais que faziam parte da escolta, mas não falou nada aos apoiadores.