O clima político entre o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e o PL chegou a um novo patamar de tensão. As críticas feitas por Alcolumbre ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e ao dirigente do partido, Valdemar Costa Neto, desencadearam uma crise que já se reflete nas articulações do Congresso.
Segundo a coluna do jornalista Valdo Cruz, do g1, em entrevista a uma rádio de Minas Gerais, Valdemar reagiu duramente e acusou Alcolumbre de se alinhar ao Supremo Tribunal Federal (STF). “Davi Alcolumbre trabalha para o Supremo, não trabalha para nós. Mas vai pagar caro por causa disso. Vai pagar caro se ele não se comportar como tem de se comportar, como um presidente do Senado tem que se comportar”, afirmou.
EFEITO CONTRÁRIO
O presidente do PL ameaçou impedir o funcionamento do Senado e trabalhar contra a reeleição de Alcolumbre em 2027, de acordo com a reportagem do g1. Interlocutores próximos a Alcolumbre, asseguram que o presidente do Senado evita responder diretamente a ataques dessa natureza, entretanto, revelam que as intimidações não surtem efeito.
Nos bastidores, parlamentares avaliam que a ofensiva de Valdemar e de Eduardo Bolsonaro contra Alcolumbre tende a ter efeito contrário ao esperado. O endurecimento, afirmam, pode aumentar a rejeição dentro do Senado tanto à chamada PEC da Blindagem quanto ao projeto de anistia.