Em postagem no X, Eduardo Bolsonaro sugeriu que o próprio relator do projeto de redução das penas pode se tornar um próximo alvo de sanções do governo norte-americano. “Um conselho de amigo: muito cuidado para você não acabar sendo visto como um colaborador do regime de exceção”, afirmou Eduardo a Paulinho.
“Assim como está expresso na lei, TODO colaborador de um sancionado por violações de direitos humanos é passível das mesmas sanções”, afirmou, em tom de ameaça. O filho de Bolsonaro ainda classificou o colega de parlamento como alguém que foi posto pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, para “enterrar” a proposta de anistia ampla.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro ainda mandou um recado para o ex-presidente Michel Temer (MDB), que está trabalhando na articulação do projeto de redução das penas dos condenados no lugar da anistia ampla: “Você, Michel Temer, e o resto da turma não irão impor na marra o que chamam, cinicamente, de pacificação, que nada mais é do que a manutenção de todos os crimes praticados por Alexandre de Moraes”, postou.
Paulinho se reuniu, presencialmente, na quinta-feira (18/9), com o ex-presidente Michel Temer e o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), para discutir a proposta de redução de penas. O encontro teve a participação virtual do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Em vídeo gravado após o encontro, Temer disse que o “PL da dosimetria” é um “pacto republicano”
Após assumir a relatoria do projeto, Paulinho já disse que anistia ampla é um sonho dos bolsonaristas, mas não é possível de ser concretizado. “Ela foi declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, e eu não vou fazer nenhum projeto que confronte a Câmara com o Supremo. Nós estamos tratando de dose”, declarou Paulinho.