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Política Sexta-feira, 31 de Outubro de 2025, 08:42 - A | A

Sexta-feira, 31 de Outubro de 2025, 08h:42 - A | A

Governadores de direita excluem governo federal e criam bloco paralelo na agenda da segurança pública

Reunidos no Rio após operação que deixou 121 mortos, aliados de Bolsonaro exaltam ação policial e anunciam consórcio interestadual de segurança

Da Redação

Dois dias após a megaoperação policial que resultou em 121 mortes no Complexo do Alemão e na Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, o governador Cláudio Castro (PL) reuniu nesta quinta-feira (30/10) seis governadores de direita para oficializar a criação de um “consórcio de paz”, voltado à integração de políticas de segurança e inteligência entre os estados, segundo versão dos articuladores veiculada pela grande mídia. 

O encontro, que ocorreu no Palácio Guanabara, consolidou uma aliança política entre os governadores da direita em meio à comoção nacional pela chacina e às críticas de organismos internacionais de direitos humanos.

DIVISOR DE ÁGUAS

“Faremos um consórcio no modelo de outros que já existem para dividir experiências e soluções no combate ao crime. Propus que a sede seja aqui no Rio, que é hoje o epicentro dessa luta. Temos uma grande oportunidade de mudar a história da segurança pública com integração e coragem”, declarou Castro, que classificou o episódio como um “divisor de águas” na política de segurança.

O encontro contou com a participação de Jorginho Mello (PL-SC), Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Eduardo Riedel (PSDB-MS), Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) — que participou virtualmente — e Celina Leão (PP-DF), vice-governadora do Distrito Federal.

GOVERNO FEDERAL EXCLUÍDO DO BLOCO

Embora o governador Castro tenha afirmado que “o inimigo é o mesmo: o crime organizado”, o movimento foi visto por analistas como uma tentativa de criar um bloco político paralelo ao governo federal na agenda de segurança pública. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, não participou do encontro.

Na véspera, Castro e Lewandowski haviam anunciado a criação do Escritório Emergencial de Combate ao Crime Organizado, com atuação conjunta da Polícia Rodoviária Federal e reforço de inteligência. No entanto, o tom da reunião dos governadores evidenciou um distanciamento político em relação ao Planalto, com ênfase em soluções regionais e autônomas.

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