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Política Terça-feira, 26 de Agosto de 2025, 10:51 - A | A

Terça-feira, 26 de Agosto de 2025, 10h:51 - A | A

Pix Parcelado começa a operar em setembro; entenda como o meio de pagamento vai funcionar

Nova modalidade vai permitir parcelamento direto, ampliar o acesso ao crédito e aquecer as vendas do comércio, mas especialistas alertam para risco de endividamento

Da Redação

Consumidores e lojistas deverão ter acesso ao Pix Parcelado, nova modalidade do sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, a partir de setembro. O recurso permitirá que compras sejam divididas em parcelas, sem a necessidade de cartão de crédito. O Banco Central (BC) informou em nota que no fim do próximo mês serão divulgadas as "regras de funcionamento para padronizar o produto, uniformizar a experiência do usuário, facilitar acesso da população, garantir transparência e estimular o uso consciente desse crédito."

Especialistas avaliam que a funcionalidade deve se tornar um marco no sistema financeiro nacional. Para João Fraga, CEO da Paag, empresa de meios de pagamento, o Pix Parcelado é uma espécie de carnê digital, que é adaptado aos tempos atuais. Além disso, ele ressalta que a operação é semelhante a um empréstimo pessoal, em que o banco assume o risco e cobra juros conforme o perfil do cliente. "Essa nova funcionalidade permitirá que o pagador parcele uma compra; desta maneira, contrata-se o crédito pelo aplicativo do banco. O valor total da compra é pago imediatamente ao recebedor, isso garante a liquidez para o vendedor", diz.

Foto: Divulgação

João Fraga, CEO da Paag, techfin de meios de pagamento

João Fraga, CEO da Paag, techfin de meios de pagamento

Na avaliação de Fraga, o modelo pode reduzir a dependência do cartão de crédito. "O Pix parcelado pode, no futuro, reduzir substancialmente o uso do cartão de crédito para compras de parcelas no comércio brasileiro, já que oferece um modelo mais barato, transparente e imediato para lojistas e consumidores. Porém, no curto a médio prazo, deve coexistir como complemento, estimulando a concorrência entre os meios de pagamentos, o que é benéfico para todo o sistema financeiro e para o varejo", avalia.

Foto: Divulgação

Ticiana Amorim, CEO e fundadora da Aarin

Ticiana Amorim, CEO e fundadora da Aarin

Ela destaca ainda que o recurso pode ampliar a inclusão financeira. "Sem dúvida. O Pix Parcelado amplia o acesso ao crédito para quem hoje está fora do sistema tradicional. Milhões de brasileiros não possuem cartão de crédito, mas utilizam o Pix no dia a dia", ressalta. Ticiana lembra que, segundo levantamento da Quaest, 60% dos brasileiros de baixa renda não possuem cartão de crédito, mas 65% já usam o Pix como meio de pagamento.

COMÉRCIO TEM BOAS EXPECTATIVAS

O comércio também tem boas expectativas. O presidente do Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) e do Sindicato dos Lojistas d oRio de Janeiro (SindilojasRio), Aldo Gonçalves, afirma que a modalidade "será um alento na conjuntura mais restritiva do que ano passado, dando fôlego para o setor ao facilitar transações e criando possibilidades de pagamento mensais para quem não possui cartão de crédito, principalmente."

 

Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio e do SindilojasRio

Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio e do SindilojasRio

Segundo ele, o Pix Parcelado pode inclusive estimular novos hábitos de consumo. "Além disso, com o parcelamento o comerciante receberá valor integral do bem. Ainda que haja juros e IOF, o comprador que possui cartão tem a vantagem de poder ultrapassar o teto de gastos determinado pela instituição. O usuário do Pix parcelado assumirá compromisso de honrar as parcelas através de débito em conta. Neste caso, cada vez mais a tecnologia surpreende, tornando combustível para aquecer vendas."

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