O Feed da Ana trouxe um tema que virou fenômeno no mundo, os bebês "Reborn", que são bonecos que imitam recém-nascidos - com peso e tamanho muito parecidos com um bebê real.
Nas redes sociais, o que tem causado uma grande discussão é o fato de adultos tratarem os bonecos hiper-realistas como filhos. Donos dos bonecos compartilham vídeos na internet mostrando uma rotina de atividades como se estivesse cuidando de uma criança de verdade.
A psicóloga Cíntia Aleixo, especialista em suporte materno e diversidade, explicou o vínculo de adultos com os bonecos "Reborn", se é hobby ou dependência emocional. "A gente está falando de um desejo universal que todos sentimos que é a conexão emocional.
Vivemos com a intensão de encontrarmos uma conexão com o outro, com a história, com um hobby. A construção dos bebês é muito perfeita, são fabricados com detalhes e algo que transmite carinho, que vão além do fato de brincar. As pessoas que expressam esse desejo de ter o bebê buscam preencher um vazio, lidando com questões emocionais", falou a psicóloga, que acrescentou sobre comportamento saudável:
"Embora proporcione conforto, entendemos que não é natural um apego exagerado. É ideal que a gente perceba que a pessoa sente uma questão de distanciamento da realidade, acredita muito no bebê que não tem vida. Existe uma linha tênue entre gostar de brincar, de ter o bebê, pertencer a essa comunidade ou se ela nega uma realidade. As pessoas que convivem ter essa visão mais aguçada."
Cíntia também falou sobre os sinais que a pessoa dona do boneco pode apresentar e precise de ajuda psicológica: "O sinal é perceber um comportamento que foge do real. Alimentar essa criança, por exemplo, estar muito tempo com essa criança. Sugerir que esse boneco tem fatores fisiológicos. Perceba que essa pessoa tem uma distorção real, negação da realidade."
Tarcísio Sobreira 20/05/2025
Bebê reborn é meus ovo.
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