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Política Sexta-feira, 25 de Julho de 2025, 08:29 - A | A

Sexta-feira, 25 de Julho de 2025, 08h:29 - A | A

Produtores consideram deixar laranja apodrecer no pé por causa de tarifas

Novas tarifas podem impossibilitar a entrada de frutas nos Estados Unidos, que compram 42% do suco de laranja exportado

Da Redação

O plano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma nova tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros a partir de 1º de agosto pode devastar o cinturão citrícola do Brasil, uma vez que as fábricas reduzem os trabalhos e os produtores de laranja consideram deixar as frutas apodrecerem em meio a uma queda acentuada nos preços.

"Eu vejo que pode realmente já ficar fruto no pé por não ter mercado e você não vai gastar para tirar e não ter para quem vender", disse o produtor Fabrício Vidal em sua fazenda em Formoso (MG).

As novas tarifas podem impossibilitar a entrada de suas frutas nos Estados Unidos, que compram 42% do suco de laranja exportado pelo Brasil, um comércio avaliado em cerca de US$1,31 bilhão na safra encerrada em junho.

Neste mês, os preços da laranja no Brasil caíram para R$ 44 a caixa, quase metade do que eram há um ano, de acordo com medições do Cepea, da Universidade de São Paulo (USP), ilustrando como as políticas comerciais disruptivas de Trump podem semear o caos antes mesmo de serem implementadas.

"Cada dia que vai chegando mais perto da entrada em vigor das tarifas aumenta a ansiedade em relação ao que pode acontecer", disse Ibiapaba Netto, diretor-presidente do CitrusBR, que representa exportadores de suco de laranja, em entrevista à Reuters.

DIFICULDADE SUBSTITUIR CONSUMIDORES AMERICANOS

Metade do suco de laranja que os norte-americanos bebem vem do Brasil, vendido por marcas como Tropicana, Minute Maid e Simply Orange. O Brasil, que produz 80% do suco de laranja do mundo, também será difícil de substituir consumidores americanos.

Mas a nova tarifa sobre as importações brasileiras representa um aumento de 533% em relação ao imposto de US$ 415 por tonelada já atualmente cobrado quando o suco entra no país.

Na semana passada, a Johanna Foods, produtora e distribuidora de sucos de frutas de Nova Jersey, contestou na Justiça as tarifas propostas sobre o suco de laranja brasileiro, alegando que elas causariam "danos financeiros significativos e diretos" à empresa e aos consumidores dos EUA.

As tarifas também podem significar problemas para Coca-Cola e Pepsi, que respondem por cerca de 60% do suco de laranja vendido nos Estados Unidos, disse Netto. Nenhuma das empresas respondeu a pedidos de comentário.

O Brasil não terá facilidade em substituir os consumidores norte-americanos, que estão entre os mais ávidos consumidores de suco de laranja do mundo.

CNN Brasil

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