Jair Bolsonaro (PL) participou de uma motociata, na tarde desta terça-feira (29), em Brasília, ao lado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), ambos cotados para substituí-lo nas urnas na eleição de 2026, já que o ex-presidente está inelegível.
A motociata faz parte das mobilizações bonsonaristas previstas como resposta ao cerco do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), ao ex-presidente. Depois de o ministro ameaçar prendê-lo na semana passada, Bolsonaro apenas acenou e sorriu para os apoiadores, sem fazer discurso.
Em vez de pilotar uma moto, ele participou de cima de um pequeno carro de som, que seguiu à frente das motos por um trajeto da Granja do Torto até a rodoviária, sem passar pela Esplanada dos Ministérios. O ex-presidente desceu na rodoviária e entrou em seu carro, enquanto as motos seguiram de volta para a Granja do Torto.
Também estavam no carro de som os deputados Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Hélio Lopes (PL-RJ), além do senador Marcos Rogério (PL-RO).
Segundo aliados, o ex-presidente evitou andar de moto porque sua condição de saúde não permitiria. Pela manhã, ele afirmou que não iria participar de moto por causa de uma "medida restritiva da dona Michelle".
Na motociata, além de bandeiras do Brasil, ambulantes vendiam bandeiras dos Estados Unidos e de Israel na concentração do ato. Havia um cartaz de apoio a Bolsonaro e Trump, apesar do tarifaço: "Bolsotrump" e "Trumpnaro" eram os dizeres.
Cercando Bolsonaro, os apoiadores tiravam fotos e pediam que ele voltasse para a Presidência da República em 2026, ignorando a inelegibilidade do ex-presidente —estratégia que o próprio também tem adotado. Também houve gritos de "liberdade" em uma crítica às medidas impostas por Alexandre de Moraes.
Além da motociata, os bolsonaristas organizam atos de apoio ao ex-presidente em diversas cidades do país no domingo (3). As mobilizações são consideradas uma espécie de "esquenta" para atos no feriado de 7 de Setembro.