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Variedades Quarta-feira, 03 de Setembro de 2025, 20:12 - A | A

Quarta-feira, 03 de Setembro de 2025, 20h:12 - A | A

Desmaio: o que fazer na hora e como identificar os sinais de alerta

Mantenha a vítima deitada com as pernas elevadas para a circulação voltar para a cabeça. Se não houver pulso ou respiração, acione o SAMU imediatamente

Da Redação

O que chamamos de desmaio é denominado na medicina de síncope e trata-se de algo de início súbito, com recuperação espontânea e rápida. É uma perda transitória da consciência por falta de oxigenação no cérebro.

A primeira coisa a ser feita é deitar a pessoa de barriga para cima e levantar as pernas para que a circulação sanguínea volte aos poucos para a cabeça, explica o cardiologista e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (RN) Antonio Amorim.

Desmaios podem ser confundidos com convulsão ou parada cardíaca, provocada por AVC ou infarto. Por isso, é importante:

verificar se a pessoa está respirando;

checar o pulso da pessoa no pescoço, na altura da carótida, ou no braço;

se não houver respiração ou pulsação, deve-se chamar imediatamente o SAMU*.

Se a pessoa demorar mais de 5 minutos para acordar, não costuma se tratar de um desmaio.

O cardiologista do InCor Luiz Aparecido Bortolotto explica que, se o pulso estiver presente e forte, é preciso verificar se está lento ou muito acelerado. Se estiver lento, pode indicar uma frequência do coração muito baixa. E se estiver rápido, pode significar uma arritmia.

Os desmaios podem ocorrer basicamente por dois motivos: alterações nos batimentos do coração ou queda da pressão arterial — sendo esta a causa mais comum.

Na maior parte das vezes, trata-se de situações benignas, sem risco de vida. Porém, existem causas mais perigosas, chamadas de síncope cardíaca, que podem estar relacionadas a arritmias ou a problemas sérios no coração, como o infarto.  

Entenda melhor os três tipos de desmaios:

1 - Síncope reflexa, também chamada de síndrome vasovagal:

É o tipo mais comum

Atinge cerca de 3 a 5% da população, sendo mais comum em jovens entre 10 e 30 anos.

Ocorre mais em quem tem predisposição.

Pode ocorrer devido a queda da pressão arterial, da frenquencia cardíaca ou de ambos.

A causa é benigna e há sintomas prévios, como tontura, vista turva, sudorese e perda de equilíbrio. Esses sinais ajudam o indivíduo a entender (muitas vezes até inconscientemente) que é hora de deitar-se. Seu risco maior seria a queda com concussão na cabeça, mas os sintomas na maioria das vezes ajudam a evitar essa queda.

Entre os gatilhos, estão:

Desidratação. Por isso, quem tem predisposição deve sempre se manter hidratado, o que ajuda a regular a temperatura e pressão.

Ambientes muito quentes e aglomerados

Dor aguda

Emoção intensa

Ficar muito tempo em pé

2 - Síncope por hipotensão ortostática:

Mais comum em idosos

Também tem sintomas prévios, como tontura, vista turva, sudorese e perda de equilíbrio.

Pode ocorrer também pelo uso de medicamentos, como alguns para a próstata e diuréticos.

Pode ocorrer quando o indivíduo levanta rápido da cama. Por isso, recomenda-se que idosos se sentem na cama cerca de dois minutos antes de levantar.

3 - Síncope cardíaca:

Ocorre de forma súbita, sem sinais prévios

Pode vir acompanhado de palpitações e dor no peito

Tem como risco a chance de bater a cabeça na queda.

É a mais grave e exige o acompanhamento de médico especialista para investigação.

Pode estar associado a arritmias ou infarto.

O que fazer e o que evitar em caso de desmaio:

Deite a pessoa de barriga para cima e, se possível, eleve as pernas. Isso ajuda o sangue a voltar mais rápido para o cérebro.

Não jogue água no rosto. Isso não ajuda a pessoa a acordar.

Não tente levantar logo após o desmaio. Ela deve permanecer deitada até se sentir bem, para que a circulação volte ao normal.

Não ofereça comida, bebida ou sal enquanto a pessoa estiver desacordada. Há risco de engasgo e não existe benefício comprovado em dar sal.

Em casos de convulsão

Na convulsão, o indivíduo perde a consciência e tem movimentos cíclicos com os braços. Nestes casos, deve-se:

Deixar a pessoa de lado. Isso impede que, em caso de vômito, não ocorra uma broncoaspiração.

Nunca colocar a mão na boca da pessoa, para não ser mordido.

*Em caso de parada cardíaca, provocada por AVC ou infarto (ausência de pulso), deve-se:

Chamar imediatamente o SAMU

Iniciar a massagem cardíaca enquanto a emergência não chega com um desfibrilador para a reanimação.

Se houver disponibilidade de um desfibrilador externo automático (DEA) no local, o aparelho pode ser usado também por pessoas que não sejam da área médica. Lugares com grande movimentação de pessoas, como shoppings, aeroportos, rodoviárias e estádios costumam ter este aparelho capaz de salvar vidas. Isso porque, em caso de parada cardíaca (geralmente por infarto ou AVC), qualquer minuto que passar torna a chance de recuperação menor.

Por isso, é importante agir rápido, usando o aparelho, antes mesmo da chegada da ajuda médica. Enquanto o desfibrilador estiver sendo usado, não se deve encostar na vítima.

Hipoglicemia por diabetes

Em casos de hipoglicemia por diabetes, há uma chance alta de a pessoa ficar sonolenta e pode ser administrado algum carboidrato que seja absorvido de forma rápida, como um suco ou algum doce. Mas, nesse caso, a pessoa não pode estar desmaiada para conseguir deglutir.

Quando uma pessoa estiver totalmente desmaiada, não se pode colocar algo na boca dela. Isso porque ela estará sem reflexo e o alimento pode ir para a na traqueia.

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