Atualmente, são incontáveis os problemas que o Timão enfrenta para atuar como uma equipe. O mais urgente deles é a fragilidade do setor defensivo, que ficou exposto no último jogo disputado no Maracanã, na derrota para o Flamengo por 4 a 0, pelo Campeonato Brasileiro 2025, no qual está na décima segunda colocação, com sete pontos.
O Corinthians vem se tornando cada vez mais uma nau à deriva e, sem comandante efetivo, os problemas foram se avolumando. Anteriormente, o principal ponto a ser corrigido era a questão criativa, pois, bem ou mal, os resultados estavam aparecendo e mascarando as vulnerabilidades. Mas, no jogo contra o Flamengo, não foi só o resultado que pesou: o desempenho pífio esteve presente desde o primeiro minuto de jogo.
Por isso, trabalhar como comandante técnico no Corinthians é instigante. Há muito o que fazer com um elenco que pode ser classificado como bom e que pode dar resultados rapidamente, se for bem estruturado. Dorival Júnior é experiente e esteve à frente de diferentes realidades.
O estilo do jogo que Dorival tem utilizado nos últimos trabalhos é altamente competitivo. No Flamengo, por exemplo, ele orientava os atletas a jogarem com o controle da posse de bola e em um time extremamente técnico e ofensivo. Já o Ceará tinha um padrão muito forte defensivamente e extremamente objetivo. No São Paulo, mesclou os dois estilos, tornando o Tricolor seguro defensivamente e protagonista ao ser controlador.
Em um primeiro momento, o estilo do Corinthians tenderá a ser puramente resultadista e nada vistoso. O esquema deverá ser mudado, para jogar de forma conservadora. A palavra de ordem inicial é minimizar ao máximo os danos. Então, a expectativa é de que o legado de Dorival seja fazer com que o Timão retome a competitividade, o que, nos últimos tempos, tem ficado bem longe de se transformar em realidade no clube paulista.