Com a vitória do argentino Sebastián Baez na final do Rio Open no domingo (23/2), a Argentina empatou com a Espanha como os dois países com mais títulos no saibro do Jockey Club, com três cada.
O domínio das duas escolas de tênis em que o saibro é tradicionalmente o piso preferido de seus tenistas pode, contudo, estar com os dias contados no Rio de Janeiro.
Os organizadores do evento não descartam a troca da superfície de terra batida, passando a adotar o modelo de quadra rápida nas próximas edições.
Aumentar o apelo e atrair mais tenistas da elite é a principal razão por trás da troca considerada, mas uma eventual mudança no local do evento é vista com ressalvas pelos jogadores.
"A quadra dura ofereceria um cartel de opções maior de jogadores para trazermos. Não que a gente viraria uma chave igual a Doha, mas acho que teriam mais opções interessantes", afirmou Lui Carvalho, diretor do Rio Open, em entrevista a jornalistas.
"É uma decisão que envolve vários fatores, mas estamos o tempo inteiro em discussão para poder fazer isso acontecer", acrescentou o executivo.
A troca do piso divide as opiniões no meio. Campeão no torneio de duplas na edição deste ano ao lado de Rafael Matos, Marcelo Melo diz que a mudança de superfície contribuiria para uma renovação no quadro de atletas.
"Acredito que uma possível mudança de piso traria jogadores diferentes. Penso que não é pelo fato de o Brasil ser longe que o jogador deixaria de vir. Quando escolhemos o torneio, tem um planejamento pensando na sequência. O fato de ser saibro quebra essa sequência", afirmou Melo.