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Polícia Sexta-feira, 12 de Setembro de 2025, 21:18 - A | A

Sexta-feira, 12 de Setembro de 2025, 21h:18 - A | A

Empresário preso em Cuiabá por esquema de pirâmide já havia sido alertado por fraudes no mercado financeiro

Comissão de Valores Mobiliários já havia proibido atividades de Jonathan Bispo e suas empresas em março por atuação ilegal no mercado de investimentos

Da Redação

O empresário Jonathan Rosa Vieira Bispo, de 42 anos, preso nesta sexta-feira (12) na Operação Rede de Mentiras, já vinha sendo alvo de alertas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) desde março deste ano. De acordo com o Ministério da Fazenda, o suspeito atuava de forma irregular na captação de recursos e na oferta de serviços de investimento sem autorização legal, por meio de empresas como Metaverso Assessor de Investimento Ltda., Metaverso Soluções Digitais Ltda. e o site metaverso.ltda.

A investigação, conduzida pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), aponta que Jonathan liderava um sofisticado esquema de pirâmide financeira com atuação nacional. Ele e os sócios usavam a promessa de lucros mensais de até 7%, sem qualquer garantia real, para atrair investidores em diversos estados. Segundo a polícia, o grupo também utilizava os canais digitais, como o YouTube, especialmente o canal "Treta Trader", para recrutar novas vítimas.

Além dos mandados de prisão, a operação cumpriu ordens de busca, apreensão e sequestro de bens, que ultrapassam R$ 1,3 milhão em valores bloqueados. As empresas envolvidas, incluindo a Multiverso Digital Ltda. e a Bispo Investments Ltda, são apontadas como fachadas para a movimentação do dinheiro captado de forma ilícita.

Em resposta às irregularidades, a CVM emitiu em março um Ato Declaratório determinando a suspensão imediata das atividades ligadas à captação de recursos e assessoria financeira pelas empresas envolvidas. A autarquia também proibiu a divulgação de qualquer oferta de investimentos por meio de sites, aplicativos ou redes sociais, reforçando que as ações ferem a lei.

O caso segue sendo investigado sob suspeitas de estelionato, lavagem de dinheiro, crimes contra a economia popular e associação criminosa. A Polícia Civil não descarta novas prisões e medidas judiciais conforme o andamento das investigações.

Rede de Mentiras

Relatos colhidos durante a investigação apontam prejuízos que variam de alguns milhares a centenas de milhares de reais, afetando inclusive famílias inteiras. Algumas vítimas relataram terem sofrido ameaças ao cobrarem valores de volta.

Conforme a operação, até a última atualização desta reportagem, 27 vítimas já prestaram depoimento à Decon, mas a estimativa é de que o número de lesados em todo o Brasil seja muito maior.

A Justiça também suspendeu o registro das empresas envolvidas e proibiu os investigados de exercerem qualquer atividade econômica. Também há indícios de crimes como lavagem de dinheiro, estelionato, associação criminosa e crimes contra a economia popular.

O nome da operação, Rede de Mentiras, faz referência ao uso de redes sociais para atrair vítimas por meio de promessas falsas de lucro fácil, em um esquema que movimentou grandes quantias de dinheiro de forma fraudulenta.

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