Um bebê recém-nascido e prematuro de 5 meses, dado como natimorto em uma maternidade de Rio Branco (AC), foi retirado do próprio velório com vida, na capital acreana.
Bebê estava sendo velado quando familiares constataram que ele estava vivo. Segundo informações divulgadas pelo MP-AC (Ministério Público do Acre), a família da criança informou que, cerca de 12 horas após o bebê ser dado como morto, uma funerária particular chegou a buscá-lo na maternidade e o levou para ser enterrado no cemitério. Antes do sepultamento, porém, uma parente pediu para abrir o caixão e viu que ele estava chorando.
Recém-nascido foi dado como morto na Maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco. Em nota, a Sesacre (Secretaria de Estado de Saúde do Acre), por meio da direção da maternidade, informou que o bebê atendido na unidade foi inicialmente declarado sem sinais vitais após um parto normal.. "Todos os protocolos de reanimação foram rigorosamente seguidos pela equipe multiprofissional, e o óbito foi constatado e comunicado à família", divulgou a pasta.
A secretaria de Saúde confirmou que bebê foi encontrado com vida 12 horas após receber atestado de óbito. "Já fora das dependências da unidade, o bebê, prematuro extremo, apresentou sinais vitais e foi imediatamente levado de volta à maternidade".De acordo com a pasta, ele foi intubado e em ventilação mecânica, sendo monitorado 24 horas por dia, "com sinais vitais dentro da normalidade para a idade gestacional".
Pais do bebê são do município de Pauiní, no interior do Amazonas, e buscaram atendimento no Acre para a realização do parto prematuro, segundo MP.
Na noite de domingo (26/10) o recém-nascido que havia sido declarado morto morreu. A criança nasceu com prematuridade extrema, segundo a secretaria de Saúde do estado, e estava internada desde sábado (25/10).
A equipe médica responsável pela verificação do óbito foi afastada. O Ministério Público do Acre cobrou explicações à secretaria de Saúde.
A polícia ouve parentes e funcionários da unidade para apurar se houve negligência, e o caso pode ser caracterizado como homicídio culposo.
