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Política Segunda-feira, 08 de Setembro de 2025, 08:56 - A | A

Segunda-feira, 08 de Setembro de 2025, 08h:56 - A | A

Bolsonaro é julgado sobre “um crime que não existiu”, afirmou Tarcísio de Freitas na manifestação bolsonarista

Adalberto Ferreira

Conforme publicou a Folha de São Paulo, em seu discurso no ato bolsonarista realizado na Avenida Paulista, em São Paulo neste último domingo (7/9), o governador Tarcísio defendeu a anistia geral, pressionou o presidente da Câmara, Hugo Motta, a pautar o tema e disse que o julgamento que ocorre no STF é sobre "um crime que não existiu". O governador paulista disse que o julgamento não é justo, voltou a falar em "narrativas". Tarcísio afirmou que Bolsonaro (PL) poderá ser condenado nesta semana com base na delação de Mauro Cid obtida sob coação.

Cabe lembrar que a delação de Mauro Cid não é a única prova. Em depoimentos na Polícia Federal (PF), o general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, e o tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior, ex-comandante da Aeronáutica, relataram terem participado de reuniões da trama golpista, e se posicionado contra o golpe de Estado. De acordo com o depoimento do general Freire Gomes "pelo que se recorda", o ex-comandante da Marinha, almirante de esquadra Almir Garnier Santos, "teria se colocado à disposição do Presidente da República". Noutras palavras, o almirante Almir Garnier apoiou o plano golpista, tanto que se encontra no banco dos réus no julgamento do “núcleo crucial” do golpe, que ocorre no Supremo Tribunal Federal (STF).

O general Freire Gomes também revelou que lhe foi apresentada, em reunião no Palácio do Alvorada, a minuta do golpe encontrada com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. O documento apresentava um esboço de decreto de Estado de Sítio e de Operação de Garantia da Lei e da Ordem, meios usados para barrar a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e do vice Geraldo Alckmin e  assim justificar o golpe.

Freira Gomes e o tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Batista Júnior, tratavam-se de pessoas da mais absoluta confiança do ex-presidente Jair Bolsonaro, tanto que foram nomeados para o cargo de ministros em áreas estratégicas: ministérios do Exército e Aeronáutica, respectivamente.

Nos depoimentos no Supremo Tribunal Federal (STF), principalmente o ex-ministro da Aeronáutica, Carlos Almeida Batista Júnior, reafirmou com ênfase, as declarações dadas durante o depoimento na PF.

Então, não corresponde à verdade a afirmação de Tarcísio de Freitas de que Bolsonaro pode ser condenado sobre “um crime que não existiu”, sem provas, com base apenas na delação obtida mediante coação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordem de Bolsonaro.

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