O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está empatado tecnicamente nos cenários de segundo turno à Presidência contra a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), segundo levantamento divulgado pelo Paraná Pesquisas nesta terça-feira, 24, sobre as eleições de 2026.
Michelle Bolsonaro registra 44,4% de preferência em um segundo turno contra Lula, que aparece com 40,6% no cenário. Brancos e nulos são 9,2%, e 5,8% não responderam. Os dois empatam dentro da margem de erro do levantamento, de 2,2 pontos porcentuais.
Em um segundo turno entre governador de São Paulo e o presidente, Tarcísio registra 43,6% de intenções de voto e Lula, 40,1%. Os índices também apontam empate técnico. Brancos e nulos somam 10,3%, e 5,9% não responderam.
Contra Eduardo Bolsonaro, Lula lidera numericamente, com 41,6% de menções, mas está em empate técnico com o deputado federal licenciado, que figura com 39,1%. Brancos e nulos são 12,8%, e 6,5% não responderam.
O Paraná Pesquisas realizou 2.020 entrevistas em 162 municípios do País entre os dias 18 e 22 de junho. O índice de confiança é de 95%.
DESISTÊNCIA DE TARCÍSIO DE FREITAS
Considerado nome em condições de unir a direita na disputa presidencial, a eventual candidatura caminha para ser inviabilizada porque Bolsonaro prefere lançar a esposa Michelle Bolsonaro ou o filho Eduardo Bolsonaro, na tentativa de capitalizar a conquista do poder político usando um membro do clã familiar, a apoiar Tarcísio de Freitas.
A persistir os resultados favoráveis de Michelle e Eduardo Bolsonaro nas pesquisas, a tendência é a de que Bolsonaro apoiará um membro da família, uma vez que apesar de declarar que é candidato, sabe que são muito remotas as possibilidades de viabilizar condição legal para disputar a eleição presidencial de 2026, em consequência da condenação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que lhe impôs situação de inelegibilidade até 2030, assim como o processo que responde no Superior Tribunal Federal (STF), que deve culminar em sua condenação e prisão.
A opção do ex-presidente por lançar um candidato da família afastará Tarcísio de Freitas, que já manifestou só recuará de uma candidatura na qual é favorito na eleição para o Governo do Estado de São Paulo, se tiver o apoio declarado de Bolsonaro, algo que as circunstâncias demonstram estar se desenhando no tabuleiro político.
Assim sendo, as pesquisas favoráveis a Michelle e Eduardo Bolsonaro, fortalecem a hipótese do lançamento de um membro da família e desistência de Tarcísio de Freitas. Considerando que o governador de São Paulo é o nome capaz de unir a direita disputando como candidato único do campo conservador, outros candidatos, no caso dos governadores Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Romeu Zema (Novo-MG), Ratinho Jr. (PSD-PR), Eduardo Leite (RS), anunciaram que, caso o governador de São Paulo recue da disputa, pretendem concorrer na eleição para a presidência de República, o que implicará numa pulverização e consequente divisão das forças de direita.