Cuiabá, 13 de Junho de 2025
  
DÓLAR: R$ 5,54
Cuiabá, 13 de Junho de 2025
  
DÓLAR: R$ 5,54
Logomarca
facebook instagram twitter whatsapp

Política Quinta-feira, 12 de Junho de 2025, 08:04 - A | A

Quinta-feira, 12 de Junho de 2025, 08h:04 - A | A

Nas escolas estaduais merendeiras sob risco de adoencimento devido sobrecarga de trabalho

Da Redação

O secretário de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc), Alan Porto, participou na última terça-feira (10/6) de uma reunião na Assembleia Legislativa, para prestar esclarecimentos sobre as constantes reclamações da comunidade escolar em relação à insuficiência de profissionais de apoio à alimentação nas escolas estaduais, especialmente as merendeiras. 

O convocação feito pela deputada Janaína Riva (MDB) e pelo deputado Henrique Lopes (PT), em função das dificuldades e problemas acarretados pela sobrecarga que pesa sobre as merendeiras, que trabalham em quantidade abaixo do número mínimo exigido para atende numerosa quantidade de alunos com a merenda escolar.

Janaina Riva citou que as escolas que funcionam em regime integral não estariam ofertando todas as refeições previstas, limitando-se a três refeições em vez das seis previstas. 

HUMANAMENTE IMPOSSÍVEL DAR CONTA

Sobre as denúncias de sobrecarga enfrentada por merendeiras em algumas unidades escolares, o secretário de Estado de Educação, Alan Porto, afirmou que, em certos casos citados, os dados não condizem com a realidade. Ele mencionou, por exemplo, que na Escola Damião Mamedes do Nascimento, em Jangada, há três profissionais de apoio nutricional já atribuídos e um cargo ainda disponível, sendo que a soma de estudantes por turno não ultrapassa os 160 alunos.

Mas a merendeira Célia Costa, da Escola Estadual Damião Mamedes do Nascimento, em Jangada, afirmou que há sobrecarga enfrentada diariamente no preparo da merenda escolar. Segundo ela, embora exista uma portaria que estipule uma merendeira para cada 250 alunos, na prática a realidade é bem mais dura. 

“Não somos apenas cozinheiras. A gente limpa a cozinha, recebe e higieniza os alimentos, faz o controle de estoque, a per capita dos alunos, e ainda precisa servir café da manhã, lanche e almoço com cardápios variados e ricos, como arroz, feijão, salada e farofa. É humanamente impossível dar conta sozinha”, desabafou.

Ela destacou que, mesmo com dedicação, não é possível oferecer uma merenda de qualidade com apenas uma profissional por turno, e defendeu que, para atender bem os 60 alunos do seu período, seriam necessárias ao menos duas merendeiras para garantir o cumprimento de todas as tarefas com eficiência e segurança alimentar.

RISCO DE ADOENCIMENTO

A merendeira da Escola Estadual Professor Honório Rodrigues Amorim/Várzea Grande, Irani Dias Oliveira, fez um desabafo: segundo ela, as poucas merendeiras disponíveis se desdobram em múltiplas tarefas, enfrentando jornadas exaustivas e condições precárias de trabalho, como o uso de utensílios inadequados e o risco de adoecimento por esforço excessivo. "Meus braços não aguentam mais", afirmou, pedindo providências urgentes para que as profissionais possam exercer suas funções com dignidade e segurança.

ESCASSEZ MERENDEIRAS

Um dos principais encaminhamentos definidos hoje, em conjunto entre o Parlamento e a Seduc, foi para a realização de um levantamento detalhado da demanda real por merendeiras nas escolas estaduais de Mato Grosso. De acordo com a deputada Janaina Riva, o objetivo é mapear, de forma oficial, as unidades de ensino que enfrentam maiores dificuldades, como forma de subsidiar medidas concretas para solucionar a escassez de profissionais.

“A iniciativa será conduzida com apoio dos deputados e da comunidade escolar, que contribuirá com relatos e informações diretamente à Assembleia Legislativa, por meio da Comissão de Educação, que por sua vez repassará à Seduc para análise e providências”, explicou a parlamentar.

Comente esta notícia

Canais de atendimento

Informações e Comercial
contato@agendamt.com.br
Telefones de Contato
+55 (65) 992024521
Endereço
Rua Professora Enildes Silva Ferreira, 8 QD 3 sala B - CPA III, Cuiabá/MT 78000-000
Expediente
Jornalista: Adalberto Ferreira
MTE 1.128/MT