Na hora de comprar um produto, é cada vez mais comum pegar o cartão de crédito ou débito, o celular ou até o relógio inteligente para confirmar a transação. Dinheiro em espécie é cada vez mais raro de ser usado, só que existe uma forma de transferência que hoje é mais incomum ainda: os cheques.
Por segurança, conveniência e limites mais altos, esse papel preenchido na hora e assinado pelo dono da conta já foi um dos meios de pagamento mais populares do brasileiro para além do dinheiro em espécie. Hoje todo o processo de assinar e entregar um deles parece complicado, mas por mais de um século ele foi rotina entre os brasileiros.
Esse cenário mudou com o tempo e, atualmente, há cada vez menos pessoas usando esse método de pagamento — e até quem nunca viu um cheque pessoalmente. Mas será que ainda tem gente que adota esse formato de depósito no lugar de notas físicas ou o envio rápido de um Pix?
OS CHEQUES AINDA EXISTEM?
Por mais que estejam cada vez mais raros, os cheques ainda são uma forma válida de transação financeira no Brasil. E, mesmo com a popularização cada vez maior de formatos digitais, eles não devem deixar de existir tão cedo.
De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), atualmente apenas 0,5% dos pagamentos no país é feito a partir de cheques. O número caiu 18% só em 2024, mas ainda tem uma adoção significativa: foram 137,6 milhões de cheques usados em 2024.
Desde 1995, ele já perdeu mais de 96% da popularidade. Ainda assim, como aponta a instituição, há casos em que o público ainda prefere esse formato tradicional. As situações incluem resistência aos meios digitais por consumidores ou comércios, uso como caução (garantia) para uma compra e em localidades com problemas de internet.
Atualmente, até mesmo os bancos tentam incentivar a troca, já que os cheques são consideravelmente mais inseguros que meios digitais por usar apenas a análise de assinatura como validador. Modalidades como o Pix, por mais que sejam uma isca de golpes virtuais, sofrem maior monitoramento por parte das instituições e contam com proteções a nível digital.