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Política Quinta-feira, 17 de Julho de 2025, 19:44 - A | A

Quinta-feira, 17 de Julho de 2025, 19h:44 - A | A

Petrobras avalia retomar distribuição de combustíveis ao consumidor final

Estatal pode alterar plano estratégico para voltar ao setor de distribuição nos postos, quatro anos após privatização da BR Distribuidora

Da Redação

A Petrobras estuda reingressar no mercado de distribuição de combustíveis no varejo, atendendo a demandas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da presidente da estatal, Magda Chambriard, por uma resposta aos altos preços praticados nos postos de combustíveis em todo o país.

Segundo a Folha de S. Paulo, o conselho de administração da companhia deve se reunir ainda nesta semana para discutir mudanças no plano estratégico da empresa para o período de 2026 a 2030. A principal proposta em análise é o retorno à atuação direta no varejo de combustíveis, abandonado em 2020 após a venda do controle da BR Distribuidora — hoje rebatizada de Vibra Energia — durante o governo Jair Bolsonaro (PL).

Possível mudança no plano estratégico - Ainda não há definição sobre como a Petrobras atuaria nesse eventual retorno. Fontes com conhecimento direto do tema, ouvidas sob condição de anonimato, indicam que as possibilidades vão desde a aquisição de uma participação minoritária na Vibra até a tentativa de retomar o controle da antiga subsidiária. Outra hipótese seria entrar no segmento por meio de nova estrutura ou parcerias, ampliando sua atuação integrada na cadeia energética nacional.

A proposta estaria alinhada ao plano de tornar a Petrobras uma companhia mais diversificada e com presença em todas as etapas da geração e fornecimento de energia.

Procurada, a Petrobras informou que não comentaria o assunto.

Reclamações de Lula - O presidente Lula tem se posicionado de forma contundente sobre o fato de os cortes nos preços dos combustíveis promovidos pela Petrobras no atacado não estarem chegando ao consumidor final. Durante evento no início de julho, ele disse: "não é possível que a Petrobras anuncia tanto desconto no óleo diesel e esse desconto não chega no consumidor". Ele ainda criticou o modelo de distribuição atual, resultante da privatização da BR: "hoje a Petrobras libera um botijão de gás de 13 quilos por R$ 37 e ele chega na casa de um pobre em outro estado a R$ 140".

Lula defende que a Petrobras volte a controlar os pontos de venda, o que, segundo ele, permitiria mais eficiência na entrega e menor impacto no preço para a população.

A presidente da estatal, Magda Chambriard, compartilha da preocupação. Ela também tem demonstrado insatisfação com o repasse limitado das reduções feitas pela Petrobras no atacado. A percepção dentro do governo é de que os preços continuam elevados por causa de múltiplas camadas no sistema de distribuição e da ação dos varejistas.

Em meio a esse cenário, a Advocacia-Geral da União (AGU) entrou em cena e solicitou a abertura de investigações sobre práticas anticoncorrenciais no setor de combustíveis. O objetivo é apurar se há omissão por parte de distribuidores e donos de postos em repassar os descontos da Petrobras ao consumidor.

Licença de marca prestes a vencer - Atualmente, a Vibra Energia — ex-BR Distribuidora — ainda opera utilizando a marca Petrobras, com validade contratual até 2029. No entanto, a estatal já notificou a empresa, no ano passado, informando que não pretende renovar a licença de uso da marca nos moldes atuais, o que pode ser mais um indício de que a companhia pretende reposicionar sua marca no mercado de varejo.

BRASIL 247

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