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Variedades Quarta-feira, 04 de Junho de 2025, 18:34 - A | A

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Ex-funcionária cobra R$ 162 mil de Hytalo Santos e denuncia condições abusivas de trabalho

Além da jovem, outros seis ex-funcionários do influenciador movem ações na Justiça da Paraíba

Da Redação

Além de uma investigação do Ministério Público da Paraíba, instaurada em dezembro de 2024 para apurar as denúncias de corrupção de menores e exploração infantil, o Ministério Público Trabalhista da 13² região, no mesmo estado, também passou a apurar as relações trabalhistas de Hytalo Santos e seu marido, Israel Natan Vicente, o Euro. Ao menos sete processos estão sendo movidos por ex-funcionários do casal no Tribunal de Justiça do Trabalho.

Todas as ações correm em segredo de Justiça. Ele foi aberto por uma ex-assessora de Hytalo. Ela trabalhou com o influenciador entre os meses de abril e agosto do ano passado. Pela função de organizar a agenda pessoal do paraibano, além de lidar com a mídia e fornecedores e possíveis contratantes e marcas, ela recebia R$ 8 mil líquidos por mês.

A remuneração, no entanto, não constava de um contrato ou mesmo num contracheque, já que Hytalo e Israel, através de suas empresas, não assinaram a carteira de trabalho da moça. Enquanto estava trabalhando para o antigo patrão, a assessora narra que as 44 horas semanais pré-combinadas, nunca foram respeitadas.

"No presente caso, restou amplamente demonstrado que a Reclamante era submetida a uma jornada diária de trabalho de, em média, 14 horas, excedendo em 6 horas o limite legalmente permitido, em flagrante violação ao art. 59 da CLT", diz os autos.

A funcionária requer também uma indenização por danos materiais. Ela chegou a ser obrigada pelos chefes, segundo a ação, a alugar um carro para trabalhar. Só que o veículo passou a ser usado por Hytalo e Euro, que tiveram várias infrações de trânsito, todas imputadas à assessora. Ela também afirma que foram feitos gastos em seu cartã de crédito criando uma dívida bola de neve pelos antigos patrões.

Um pedido de pagamento por danos morais também foi feita. No dia de sua demissão, a assessora conta que foi coagida a assinar um acordo para receber R$ 35 mil e não entrar contra Hytalo e Euro na Justiça do Trabalho. Como tinha uma dívida de R$ 22 mil crescendo no cartão, decidiu aceitar. Neste mesmo dia, sua defesa diz que seu celular foi "confiscado" por um dos "filhos" adotivos do casal. O aparelho teria permanecido com ele por três horas e teve todas as mensagens trocadas com Hytalo, marido e afins, deletadas.

A acusação mais grave, porém, recai sobre a forma que se referiam a ela na casa do influenciador:

"A exaustão da Reclamante era tamanha que a jornada de trabalho sem fim passou a ser notada por todos que circulavam ao redor do Influencer, incluindo colaboradores e amigos dos Reclamados. Internamente, a situação gerou comentários e até um apelido pejorativo dado à Reclamante: 'Isaura', em alusão à personagem da novela Escrava Isaura. Além do evidente cunho racista, tal denominação também reforçava a percepção de que a Reclamante era tratada como uma 'escrava'".

Ministério Público Trabalhista investiga influenciador

O MPT da Paraíba investiga não só as relações trabalhistas de Hytalo, mas também possíveis crimes mais graves envolvendo o influenciador e suas empresas. Ele ficou conhecido através de vídeos, tanto no Instagram e TikTok, cujo público alvo seria o infanto-juvenil, com a ajuda de seus "filhos" adorivos, que fazem parte da "Turma do Hytalo".

Acontece que esta mesma turma estaria produzindo conteúdo com teor sexual e exploração infantil com menores de idade, conforme denúncias recebidas pela Justiça.

Entre os investigados estão Hytalo José dos Santos e Israel Natan Vicente, além de suas empresas, Hytalo Santos Youtuber LTDA e a Euro Influencer LTDA. O Ministério Público do Trabalho aponta possíveis infrações à legislação trabalhista e condutas que podem ter repercussões penais.

A ação foi ajuizada após denúncias formais, inclusive de político regionais, e de provas públicas reunidas atrav´ps das publicações nas redes sociais, que foram apagadas. A "Turma" é formada por crianças e adolescentes, com idades entre 14 e 17 anos, que aparecem em conteúdos monetizados. Isso aconteceria sem contrato ou autorização legal para atividades artísticas infantis.

Procurado pelo Extra o MTP diz que não vai se manifestar sobre as investigações:

"O inquérito ao qual se refere está em sigilo (o que é praxe em situações dessa natureza), e ainda em fase inicial da apuração, sem posicionamento conclusivo a respeito dos fatos denunciados e dos encaminhamentos concretos a serem adotados. O procurador do Trabalho responsável pelo caso informa que não está autorizado a emitir declarações sobre o procedimento, que permanecerá sob sigilo".

O que diz a defesa de Hytalo Santos

"A assessoria jurídica de Hytalo Santos vem esclarecer que está contribuindo ativamente para os procedimentos em andamento, apresentando toda documentação solicitada pelos órgãos responsáveis. Desde o início, tem sido adotada uma postura transparente e colaborativa, reafirmando o cumprimento da legislação vigente.

Reiteramos que as denúncias que embasam os procedimentos que apuram suposta ‘exploração de trabalho infantil’ são inverídicas. E que a alegação de assédio moral e sexual sequer são objetos de apuração pelo Ministério Público do Trabalho, mas de ações trabalhistas ajuizados por prestadores de serviços, as quais tramitam sob sigilo, e que já estão sendo contestadas e esclarecidas, e que a única sentença judicial até o presente, foi favorável ao Influenciador, pois afastou as informações falsas e difamatórias que foram veiculadas contra sua honra.

Confiamos no trabalho dos órgãos de controle, e reforçamos nosso total interesse no esclarecimento dos fatos veiculados, reiterando o compromisso com a verdade, com o devido processo legal e com a preservação da integridade moral e profissional de todos os envolvidos, tendo em vista que as relações pessoais e profissionais do Sr. Hytalo Santos são pautadas em respeito, ética, legalidade e responsabilidade".

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