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Variedades Sexta-feira, 23 de Maio de 2025, 22:27 - A | A

Sexta-feira, 23 de Maio de 2025, 22h:27 - A | A

Ícone da fotografia, Sebastião Salgado falece aos 81 anos e deixa marca histórica

A informação da morte do renomado fotógrafo brasileiro foi confirmada pelo Instituto Terra

Da Redação

Sebastião Salgado, fotógrafo de reconhecimento internacional, morreu aos 81 anos. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (23/05) pelo Instituto Terra, organização não-governamental fundada pelo fotógrafo.

"Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo. Ao lado de sua companheira de vida, Lélia Deluiz Wanick Salgado, semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade. Sua lente revelou o mundo e suas contradições; sua vida, o poder da ação transformadora."

"Seguiremos honrando seu legado, cultivando a terra, a justiça e a beleza que ele tanto acreditou ser possível restaurar."  

"Neste momento de luto, expressamos nossa solidariedade a Lélia, a seus filhos Juliano e Rodrigo, seus netos Flávio e Nara, e a todos os familiares e amigos que compartilham conosco a dor dessa perda imensa", diz o texto.

Em 2019, Sebastião Salgado esteve no Conversa com Bial. Na entrevista, o brasileiro, radicado em Paris há 50 anos, repassou a carreira, falou sobre sua exposição “Gold - Mina de Ouro Serra Pelada” e sobre as questões ambientais no país.  

Ele era conhecido por retratar aquilo que outros olhos não viam. Durante a conversa, Pedro Bial questionou o fotógrafo sobre as câmeras em celulares.

"As pessoas utilizam o telefone celular, fazem uma imagem para enviar, para comunicar e aquela imagem feita hoje, depois de amanhã já esqueceu (...). A fotografia é a memória, o espelho da sociedade. A fotografia é algo intrínseco. Você pega na fotografia", destacou ele na época.

Vida e carreira

Salgado nasceu em Aimorés, no interior de Minas Gerais e, antes de se tornar fotógrafo, se formou e fez doutorado em economia. Ele trabalhava em Londres quando começou a fazer viagens frequentes à África, onde começou a fotografar.

Ele começou a trabalhar como fotojornalista em 1974, em Paris. Em 1979, entrou em uma cooperativa internacional de fotografia fundada por grandes nomes da fotografia, entre eles, Henri Cartier-Bresson - considerado um dos maiores nomes da fotografia mundial.  

Em 1981, Salgado cobriu os primeiros cem dias do governo do presidente norte-americano Ronald Reagan, e foi o único fotógrafo a registrar o atentado ao presidente.

Anos depois, passou mais de um mês nas minas de Serra Pelada, no Pará, e mostrou a rotina desumana de mais de 50 mil homens na maior mina de ouro ao céu aberto do planeta.

Entre 1993 e 1999, viajou por países para retratar a luta dos imigrantes, e o resultado virou livro: o “Êxodos”, publicado em 2000. Percorreu mais de 120 países, tendo projetos marcados na história da fotografia mundial, como “Trabalhadores”, “Gênesis” e “Êxodos”.

O brasileiro era casado há 61 anos com a arquiteta e ambientalista Lélia Wanick Salgado, de 78 anos. O casal teve dois filhos, o cineasta Juliano, de 51 anos, e o pintor Rodrigo, de 45. O caçula nasceu com Síndrome de Down e desenvolveu uma paixão pela pintura.

Em 2024, Sebastião Salgado anunciou sua aposentadoria do trabalho de campo. Em entrevista ao jornal The Guardian, disse que seu corpo estava sentindo “os impactos de anos de trabalho em ambientes hostis e desafiadores”.

"Sei que não viverei muito mais. Mas não quero viver muito mais. Já vivi tanto e vi tantas coisas", declarou ao jornal inglês.

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