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Variedades Quarta-feira, 18 de Junho de 2025, 20:51 - A | A

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Você sabia? A estética japonesa está mais presente no seu guarda-roupa do que imagina

Da estética minimalista e a rotina de beleza j-beauty aos quimonos que inspiraram o wrap dress; conheça mais referências da cultura oriental no universo fashion

Da Redação

Há exatos 117 anos, o Porto de Santos recebia o navio Kasato Maru com os primeiros imigrantes japoneses. Desde então, a cultura nipônica vem deixando marcas profundas não só na culinária e nos costumes, mas também no universo de moda e beleza.  

Com a estética minimalista em alta e o dia a dia corrido que pede uma rotina de skincare cada vez mais prática, referências vindas do Japão ganham cada vez mais espaço nas passarelas e nas prateleiras de cosméticos.

Em comemoração ao Dia da Imigração Japonesa, veja como a rotina de beleza j-beauty, os quimonos e outras peças do vestuário influenciaram a moda e beleza ao longo dos anos.

Do quimono ao wrap dress

A palavra passou a ser usada de forma genérica para classificar o “robe” de mangas longas, mas a verdade é que existem diversos modelos da peça de seda: o kosode (com mangas curtas), furisode (com mangas alongadas), furisode uchikake (usado por noivas) ou a versão em algodão usada por trabalhadores rurais. Os modelos podem até ser semelhantes, mas cada um tem sua finalidade, simbologia e especificidades para faixa etária.

No ocidente, o quimono serviu de inspiração para a legião de hippies dos anos 60, que combinavam o item com calça jeans, blusas de franjas e chapéu floppy. Rastros deste movimento permanecem até hoje em cenários como o do festival de música Coachella, que acontece na Califórnia, nos Estados Unidos.

Já Alexander McQueen e Givenchy foram algumas da grifes que beberam da cultura oriental para desenvolver suas coleções. Na temporada de primavera/verão de 1998, por exemplo, exibiu um volumoso casaco acetinado com mangas semelhantes ao do kosode.

John Galliano, então no comando da Dior, escolheu a xilogravura de Katsushika Hokusai, “A Grande Onda de Kanagawa”, para estampar o sobretudo branco na coleção batizada de “Madame Butterfly", em 2007.  

Mas a contribuição de maior destaque é o vestido envelope: o decote em “V” formado pelo quimono original foi parar nas roupas da estilista norte-americana Claire McCardell, nos anos 30. Mas foi a belga Diane von Fürstenberg quem popularizou o vestido com a amarração na cintura, ou wrap dress.

Minimalismo japonês

O visual, que é comum na terra do sol nascente, também tem impactado o modo de vida ao redor do mundo. Na decoração, a estética ganhou o nome de “japandi” e, na moda básica, apelidaram de normcore ou quiet luxury.

O quimono de judô inspirou novas modelagens de blazer e uma alfaiataria em tecidos fluidos, enquanto a calça pantalona surgiu como um desdobramento da hakama (peça ampla e fluida que deixa a cintura marcada em um cós largo).

Do outro lado do oceano, Fernanda Yamamoto e Jum Nakao são alguns dos brasileiros que mantêm viva a arte nipônica na moda. Como não lembrar da famosa coleção “Costura do Invisível”, no SPFW de 2004, quando o estilista exibiu um desfile feito inteiramente de papel? Ao final, a plateia foi às lágrimas enquanto assistia as modelos rasgando os vestidos, desenvolvidos em 700 horas e por cerca de 200 artesãos.

Em entrevista à revista Veja, Nakao disse que a apresentação foi “um manifesto contra a globalização do mercado” e que, ao ver as pessoas tentando guardar os pedaços de papel na passarela, sentiu que “era o fim de um sonho”. Este foi seu último desfile antes de encerrar sua marca, naquele mesmo ano.

O bom e velho chinelo de dedo

Você sabia que o calçado emborrachado mais queridinho do Brasil tem sua inspiração no zōri? As sandálias planas têm origem no Japão Antigo, são um desdobramento do geta (modelo de madeira com dois saltos paralelos) e feitas com tecido acetinado, palha de arroz de pano, madeira lacada ou couro e possuem a sola de borracha.

Bolsas e outros acessórios

Você pode conhecer esse modelo de bolsa como “fecho da vovó” ou “boca de sapo”, mas as gamaguchis são, na verdade, um ícone do artesanato japonês. Com ares retrô, o acessório com fecho de encaixe metálico e tecido cheio de bordados se tornaram muito populares entre anos 20 e 50 no país. Com o passar do tempo, a estética gamaguchi ganhou novas versões em grifes como a Dior, Chanel e, recentemente, a Jacquemus.

Todo mundo conhece o origami, arte japonesa de criar objetos de papel. O furoshiki seria o “irmão” desta técnica tradicional: ao invés da dobradura, no entanto, é utilizado tecido para criar embalagens de presentes e até bolsas e mochilas através de diferentes amarrações e sem um único ponto de costura.

Os “palitos” usados para prender o cabelo, conhecidos tradicionalmente como kanzashi, são acessórios que transcendem a função estética para contar histórias de época, estação e até status social. Utilizados há séculos por gueixas e noivas em cerimônias formais, os enfeites são feitos com materiais como madeira laqueada, metal, resina, ornamentos de seda e podem variar de modelos basiquinhos a composições elaboradas com flores, penas e miçangas. Assim como o modelo do quimono, cada formato e cor carrega significados simbólicos, como flores de ameixeira que anunciam o início da primavera ou o uso de dourado para atrair prosperidade.

J-beauty

A k-beauty dos coreanos conquistou o mundo e viralizou com as rotinas extensas de skincare, embalagens atrativas e ingredientes inovadores. Na contramão, a j-beauty vem se destacando pelo caminho oposto, prezando por um passo a passo curto, com poucos produtos e fórmulas suaves..., mas não menos eficazes.

O foco da rotina é mesmo dos coreanos, a limpeza profunda! A diferença acontece nos passos seguintes: ao invés de uma longa lista de cosméticos, a J-beauty valoriza produtos que blindam, hidratam e regeneram a pele com a ajuda de ativos como arroz, chá verde, algas e outros ingredientes naturais.

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