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Política Domingo, 10 de Agosto de 2025, 06:49 - A | A

Domingo, 10 de Agosto de 2025, 06h:49 - A | A

30% dos brasileiros não conseguem pagar as contas

CNC alerta que os brasileiros estão no limite de sua capacidade de contrair novas dívidas, o que pode provocar estagnação no comércio e nos serviços

Da Redação

O percentual de inadimplentes em julho atingiu 30,2% da população brasileira – o maior patamar desde setembro de 2023, informou pesquisa da Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada nesta quinta-feira (7). São dívidas com cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e casa.

A taxa básica de juros (Selic), fixada pelo Banco Central em 15% ao ano, é a principal causa deste movimento. As dívidas ficam mais caras, os prazos menores e a condição das famílias pagarem suas contas foi diminuindo ao longo deste ciclo de aumentos da taxa básica. 

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) é divulgada mensalmente pela entidade e de acordo com os dados de julho, ante junho, o percentual de famílias inadimplentes cresceu 0,5 ponto percentual, acompanhado pelo aumento dos que declaram que não têm condições de pagar suas dívidas, que são 12,7%. 

“Tais resultados emitem um alerta, especialmente, de que as famílias de rendas baixa e média e o público feminino têm passado por maiores dificuldades, uma vez que eles apresentaram piora tanto no endividamento quanto na inadimplência. Um ano atrás, a inadimplência era de 28,8%, com 11,9% dos entrevistados declarando não ter condições de pagar”, aponta a entidade. 

Com os juros altos, as famílias tendem a contrair menos dívidas, especialmente por conta do cenário restritivo. De acordo com o levantamento, o nível de endividamento ficou em 78,5% – apesar de alto, sem variação ante ao mês anterior.  

“O aumento do número de famílias que já não conseguem pagar suas dívidas e a estagnação do endividamento indicam que os brasileiros estão no limite de sua capacidade de contrair novas dívidas. A redução dos prazos mostra um uso cada vez mais defensivo do crédito. Esse comportamento exige atenção das autoridades para que se evite uma estagnação no comércio e nos serviços”, afirma o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.

O cartão de crédito segue como o principal meio de endividamento, com 84,5% devendo o cartão de crédito. Os carnês são a segunda modalidade da lista, com 16,8%. O crédito pessoal ocupa 10,6%.

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