O bioma foi eleito pelo site norte-americano USA Today o quarto melhor destino do mundo para observação de vida selvagem, conforme divulgação da Confederação Nacional de Municípios (CNM). O interesse crescente também aparece nos números oficiais.
Em 2024, o estado registrou um crescimento de 19,07% na entrada direta de visitantes internacionais, segundo dados da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur). O Pantanal é uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta e é protegido internacionalmente pela Convenção de Ramsar, do qual o Brasil é signatário.
O bioma é o mais preservado do mundo, com mais de 80% de sua cobertura original, segundo o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). VITRINE INTERNACIONAL Mas, para além da beleza natural, o bioma se consolidou como uma das principais fontes de renda para quem vive na região, sustentando tradições, impulsionando pequenos negócios e fortalecendo a preservação ambiental.
Nos municípios de Cáceres, Curvelândia, Poconé e Barão de Melgaço, região pantaneira de Mato Grosso, o setor de turismo reúne 12.348 empresas ativas, segundo levantamento feito pelo Sebrae.
Neste mês, o Pantanal ganhou uma vitrine internacional em Nova York por meio de uma exposição na Visit Brazil Gallery, uma iniciativa da Embratur em parceria com o Sebrae para fomentar a cadeia turística e potencializar os negócios da região. DIVERSIDADE ÚNICA O Pantanal abriga uma diversidade única, incluindo várias espécies ameaçadas, ao todo são: 3,5 mil espécies de plantas, 325 espécies de peixes, 53 espécies de anfíbios, 98 espécies de répteis, 656 espécies de aves, 159 espécies de mamíferos.
Onça-pintada, jacaré, tuiuiú, ipês, jacarandás e entre outros integrantes representam o Pantanal. Além disso, ele atua como regulador natural de enchentes, porque absorve e armazena água durante períodos chuvosos.
O Pantanal também funciona como um reservatório de água doce com altitudes que alcançam 150 metros. Seus recursos hidrológicos são importantes para o abastecimento das cidades, onde vivem aproximadamente 3 milhões de pessoas, no Brasil, Bolívia e Paraguai. Nos anos 2000, a Unesco concedeu ao bioma o título de 'Reserva da Biosfera', além de tombá-lo como Patrimônio da Humanidade.



