O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) anunciou na sexta-feira (5/12) ter sido escolhido pelo pai, Jair Bolsonaro, para concorrer à Presidência da República em 2026. A declaração de Flávio ocorreu após o senador relatar a aliados que o pai o convocou, para disputar o Planalto, em conversa na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília, onde está preso.
Na sexta, dirigentes de partidos como PP, União Brasil, Republicanos e PSD avaliavam que a indicação de Flávio, caso seja concretizada, irá isolar o bolsonarismo, levando essas legendas a adotar a neutralidade no ano que vem.
RECUO DA CANDIDATURA TEM PREÇO
Em seu primeiro ato público após participar de um culto em Brasília neste último domingo (7/12), depois de anunciar candidatura à Presidência da República, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) admitiu que pode não levar o projeto até o fim, mas disse que "tem um preço" para desistir. O senador indicou que o preço a ser pago seria a aprovação da anistia aos condenados pela tentativa de golpe de Estado, o que livraria Jair Bolsonaro.
O ex-presidente está preso em Brasília após ter sido condenado a 27 anos e três meses de prisão no processo da trama golpista. Quando perguntado pela imprensa se o perdão aos crimes pela trama golpista seria razão para desistir, Flávio reconheceu: “Está quente, está perto —afirmou— Preço esse eu vou ficar pensando. Hoje, vamos debater na imprensa”.
PESQUISA DATAFOLHA
Pesquisa Datafolha divulgada no último sábado apontou que só 8% dos eleitores consideram Flávio Bolsonaro o nome que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deveria apoiar na disputa presidencial de 2026. A preferência permanece concentrada na ex- primeira-dama Michelle Bolsonaro, citada por 22%, e no governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), lembrado por 20%. O senador disse que se reunirá com presidentes de partidos do Centrão na nesta segunda-feira (8/12) para tratar da sua pré-candidatura.

