O governo brasileiro firmou, em Pequim, um Memorando de Entendimento (MoU) com a biofarmacêutica chinesa Gan & Lee Pharmaceuticals e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para desenvolver pesquisas e ampliar a oferta de tratamentos no Sistema Único de Saúde (SUS). Conforme relatado pela Agência Gov, o foco está em terapias para câncer, obesidade, diabetes e doenças autoimunes.
O MoU foi assinado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que enfatizou a importância da iniciativa.
“Há um grande empenho dos governos do Brasil e da China para que essa parceria estratégica entre a Fiocruz, a Biomm e a Gan & Lee seja produtiva, capaz de gerar conhecimento conjunto e garantir mais medicamentos ao povo brasileiro”, afirmou.
Durante a cerimônia, o CEO da Gan & Lee, Wei Chen, avaliou que o acordo vai permitir para que mais pacientes tenham acesso a terapias seguras e modernas”, declarou. Entre os projetos previstos está o desenvolvimento de medicamentos análogos ao hormônio GLP-1, que auxilia na regulação do apetite, da glicose no sangue e da saciedade, sendo indicado para o tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2.
PRODUÇÃO INSULINA GLARGINA
O acordo amplia uma cooperação já existente entre o governo brasileiro e a Gan & Lee, firmada em setembro deste ano, para a produção nacional da insulina glargina, um medicamento de ação prolongada usado no tratamento do diabetes tipo 1 e 2.
A expectativa inicial é produzir 20 milhões de frascos para o SUS, reduzindo a dependência de importações de insulina e fortalecendo o Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS).
A produção ocorrerá em etapas. Inicialmente, o envase e a rotulagem serão feitos no Brasil, com insumo farmacêutico ativo (IFA) importado da China. Posteriormente, o IFA passará a ser produzido no Centro Tecnológico em Insumos Estratégicos (CTIE) da Fiocruz, em Eusébio (CE).