O governo chinês saiu em defesa do Brasil, nesta quarta-feira (6/8) dia em que entrou em vigor o tarifaço de Trump. Em conversa telefônica com o assessor para assuntos internacionais do Palácio do Planalto, Celso Amorim, o chanceler da China, o chanceler da China, Wang Yi, disse que seu país se opõe à "interferência externa irracional", segundo uma nota do Ministério das Relações Exteriores da China.
Wang Yi declarou que a China apoia "firmemente" o Brasil na defesa de sua soberania e dignidade nacionais e se opõe à "interferência externa injustificada nos assuntos internos do Brasil". Sem citar os Estados Unidos, ou o presidente americano, Donald Trump, Wang afirmou que Pequim também torce pelo brasileiros na resistência à prática intimidatória do que chamou de "tarifas abusivas".
"Usar tarifas como arma para reprimir outros países viola a Carta da ONU e mina as regras da OMC (Organização Mundial do Comércio). É impopular e insustentável. Como os maiores países em desenvolvimento dos Hemisférios Oriental e Ocidental, China e Brasil sempre se apoiaram mutuamente e cooperaram estreitamente, salvaguardando firmemente seus respectivos interesses legítimos e os interesses comuns dos países do Sul Global", diz o comunicado.
Em uma rede social, a Embaixada da China no Brasil publicou uma mensagem, em chinês, escrito "A união faz a força", em uma tradução livre.
'PARCERIA ESTRATÉGICA'
Ao GLOBO, Celso Amorim afirmou que a solidariedade do ministro chinês ao Brasil é resultado da "parceria estratégica" entre os dois países.
“A motivação inicial da minha conversa com o chinês era dar continuidade à questão do Grupo Amigos da Paz, mas é claro que se acaba falando de outras coisas” disse.