Uma equipe de cientistas da Universidade de Massachusetts Amherst (UMass) desenvolveu uma vacina experimental que pode prevenir o surgimento de diversos tipos de câncer, incluindo melanoma, câncer de pâncreas e câncer de mama triplo negativo. O estudo, publicado na revista Cell Reports Medicine, indica que a tecnologia pode representar um avanço histórico na imunização preventiva contra tumores.
A vacina, segundo o jornal inglês Daily Mail em matéria publicada nesta quarta-feira (15/10), utiliza nanopartículas feitas de moléculas de gordura que transportam dois adjuvantes, substâncias que estimulam o sistema imunológico.
Em testes realizados com camundongos, até 88% dos animais vacinados permaneceram livres de tumores, dependendo do tipo de câncer. Além disso, o tratamento reduziu ou impediu completamente a disseminação da doença pelo corpo.
Nos experimentos, os cientistas combinaram as nanopartículas a um antígeno capaz de ativar a resposta imunológica contra células cancerígenas. Em seguida, os camundongos foram expostos a diferentes tipos de tumor.
Entre os animais vacinados contra melanoma, 80% permaneceram livres da doença e sobreviveram por mais de 250 dias. Já os que receberam vacinas tradicionais ou não foram imunizados desenvolveram tumores e morreram em até 35 dias.
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88% dos camundongos com câncer de pâncreas ficaram livres do tumor;
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75% com câncer de mama triplo negativo não desenvolveram a doença;
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69% dos que foram expostos ao melanoma também permaneceram saudáveis.
Apesar dos resultados animadores, os pesquisadores alertam que o trabalho ainda está em fase pré-clínica. A equipe formou uma startup, chamada NanoVax Therapeutics, para acelerar o desenvolvimento da vacina e conduzir os testes em humanos.