O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta terça-feira (14/10) que os cortes no Orçamento poderão ultrapassar R$ 7 bilhões em emendas parlamentares, após a rejeição da Medida Provisória que previa aumento de impostos como alternativa ao IOF. A derrubada da MP aumenta a pressão sobre o governo, que deverá cobrir um rombo fiscal estimado em R$ 46 bilhões em dois anos. A medida integrava o pacote de ajuste fiscal da equipe econômica para assegurar receitas e o cumprimento do novo arcabouço fiscal.
IMPACTO NAS EMENDAS
Questionado sobre os valores, Haddad afirmou que os cortes podem ser ainda maiores do que o previsto inicialmente. “Depende do cenário, tem cenários em que o orçamento fica preservado. Pode ser até mais dependendo do cenário (em resposta à previsão de corte de cerca de R$ 7,1 bilhões em emendas)”, disse o ministro, ao ser questionado sobre quanto o governo deve cortar em razão da não aprovação da medida.
Na semana passada, o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, havia projetado que a perda da MP resultaria em cortes entre R$ 7 bilhões e R$ 10 bilhões nas emendas deste ano. Atualmente, a previsão orçamentária para emendas parlamentares é de R$ 52,9 bilhões.