Na noite da última terça-feira (17/6) deputados e senadores decidiram aumentar a conta de luz empresarial e residencial para atender aos interesses de alguns grupos privados com os quais mantêm relações pessoais, principalmente nas temporadas eleitorais.
Os parlamentares aumentaram em 9% a conta de energia, com a derrubada do veto do governo a uma legislação setorial. Privilegiaram com incentivos e isenções fiscais, empresas de pequenas centrais hidrelétricas, de etanol, usinas eólicas e de outras fontes renováveis de energia.
Criaram uma fatura nova, estimada em 197 bilhões de reais, em custos adicionais e absolutamente desnecessários, segundo entidades representativas das indústrias. Na maioria dos casos, esses custos surgiram de iniciativas do Legislativo que eram alheios aos interesses público, segundo o governo, que acabou derrotado na Câmara e Senado.
O resultado é imprevisível, segundo a Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres (Abrace): para ajudar amigos, deputados e senadores estão impondo à pessoas e empresas um quarto de século de bandeira vermelha na conta de luz. Até 2050.